segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Apneia do sono + Bebida + Direção = Perigo!

Bebida mais direção: uma combinação perigosa. Adicione a essa equação um perigoso distúrbio do sono e você tem uma receita para o desastre. De acordo com um estudo na revista Annals of Internal Medicine, os pacientes com apneia obstrutiva do sono são mais vulneráveis do que as pessoas saudáveis para os efeitos do álcool enquanto dirigem.

O estudo, realizado por pesquisadores do Adelaide Institute for Sleep Health, na Austrália, monitoraram 38 pacientes sem tratamento para as apneias do sono e 20 participantes chamados “controle”.

Os participantes eram autorizados a dormir sem restrições, ter um sono restrito a quatro horas ou ingerir vodka suficiente para atingir um nível de álcool no sangue de 0,05 g / dL. Os participantes, então, eram colocados a prova em um simulador de direção que media o desvio de direção, batidas e tempo de reação da frei(n)agem. O estudo descobriu que os pacientes com apnéia do sono tiveram um aumento de 40% em desvio de direção em relação ao grupo controle.

Os pacientes com apneia do sono também bateram mais freqüentemente do que os participantes do controle após o sono sem restrições e houveram ainda mais batidas após o sono restrito de 4 horas ou o consumo de álcool, novamente em comparação com o grupo controle. Se não for tratada, os sintomas da apnéia do sono podem incluir má qualidade do sono e sonolência excessiva durante o dia. Se você suspeitar que pode ter apneia do sono, a primeira coisa a fazer é consultar o seu médico.

Fonte: www.sono.com.br

Os distúrbios do sono relacionados à obesidade: a apnéia e suas complicações

Conhecemos os fatores de risco para as doenças do coração. Tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, sedentarismo e níveis elevados de colesterol são os mais conhecidos. Nos últimos anos, temos tido evidências convincentes de que a apnéia do sono deve ser adicionada a essa lista



O sono normal é reparador e vital, como a alimentação e a respiração. Tem início com um quadro de sonolência superficial, evoluindo com o passar do tempo para estágios de maior profundidade, onde há total repouso do sistema nervoso central e relaxamento muscular completo, envolvendo não somente os músculos dos braços e pernas, mas também a musculatura do coração e dos vasos sanguíneos.


Aos poucos, há redução da pressão arterial e o trabalho cardíaco se torna menor. No estágio de sono profundo, descansamos e sonhamos. Todo o organismo repousa e se recupera do estresse e do trabalho diurno. ( Há muitos estudos e está disponível na internete o livro "A Semente da Vitória" de Nuno Cobra, onde as esplicações e as considerações e depoiementos sobre o sono são dignos de atenção)


Um padrão de sono anormal - apnéia do sono


"Infelizmente, para algumas pessoas o sono não é tão harmônico. Entre os que reclamam, encontramos uma alta prevalência de obesos, trazendo à tona, mais uma complicação da obesidade: a apnéia do sono, uma forma de dificuldade respiratória, que cursa com obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores, resultando em períodos de parada respiratória, baixa oxigenação sanguínea e despertares noturnos freqüentes", observa a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.


Em alguns casos ocorre apenas a superficialização do sono, sem a consciência do fato e sem o despertar repentino. Com a privação do sono normal, o organismo se ressente, há sonolência diurna, grande dificuldade em levar adiante as tarefas do dia. E o que é mais grave: vários problemas cardiovasculares.


Aparentemente, há um impedimento real à ventilação pulmonar, que ocorre várias vezes durante o sono. Os pesquisadores relatam um colabamento das partes moles da cavidade orofaríngea, por onde entraria o ar inalado. São episódios de gravidade variável, onde há uma real asfixia do paciente durante o sono, com frequência, duração e intensidade variáveis, "onde o paciente tenta inspirar forçadamente através das vias aéreas ocluídas, podendo até conseguir fazê-lo de maneira ruidosa, através de uma inspiração profunda, que consegue vencer o bloqueio, mobilizando todos os músculos respiratórios", explica a médica.


Todo esse esforço para respirar causa um grande estresse ao paciente, com elevação da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e, recentemente, tem-se demonstrado que há inclusive alterações no metabolismo das gorduras, com elevação do colesterol.


Muitos pacientes não acordam durante os episódios de apnéia e ficam sem diagnóstico. Outros são acordados por seus parceiros, que presenciam as longas pausas respiratórias em seus períodos de sono e entram em pânico.


A obesidade como fator causal


"Há pacientes com apnéia do sono sem obesidade, mas eles são uma minoria. As estatísticas nos dão conta de que 70% dos pacientes com apnéia são obesos. Entre os pacientes obesos mórbidos, 80% dos homens e 50% das mulheres têm apnéia do sono', revela a endocrinologista Ellen Paiva.


Nos pacientes com apnéia do sono e peso normal, os estudos revelam que há uma maior circunferência cervical e maior depósito de gordura na orofaringe, o que ocasiona uma diminuição do diâmetro para a livre circulação do ar para os pulmões. Também neles, depósitos anormais de gordura seriam os fatores desencadeantes.


"Além da obesidade, há outros fatores causais ou complicantes como malformações faciais ou mandibulares, causando algum tipo de obstáculo à ventilação pulmonar. Mas nenhum destes fatores é tão contundente quanto o excesso de gordura no tronco: a obesidade central, muito comum em pacientes obesos e diabéticos", explica a diretora do Citen.


A provável apnéia de Dom Pedro II


A síndrome de apnéia obstrutiva do sono seria a causa mais provável da sonolência diurna excessiva do imperador Dom Pedro II (1825-1891). A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicado nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria.


Os estudiosos chegaram a tais conclusões, após realizarem um amplo levantamento bibliográfico em textos, fotos e outros documentos históricos, incluindo diários, cartas e reportagens de jornais e revistas da época. De acordo com os pesquisadores, D. Pedro II era bastante obeso e naquela época não havia muita preocupação em controlar a obesidade. A pesquisa aponta que o imperador dormia durante o dia em inúmeras situações, como no teatro e em palestras, o que teria ocorrido com grande freqüência e durante muitos anos.


Naquela época não se conheciam as doenças que levam à sonolência diurna excessiva, uma vez que o conhecimento desse tipo de distúrbio ocorreu na segunda metade do século 20 com o avanço da tecnologia. Havia, portanto, uma causa orgânica para a sonolência excessiva do imperador. Esse achado contraria a versão mais usada na época pelos opositores de D. Pedro II que diziam, e publicavam em inúmeras charges, que ele dormia demais por não se importar com o Brasil.


As conseqüências da apnéia do sono


"A apnéia do sono pode comprometer as relações interpessoais, a capacidade de raciocínio e o trabalho, a habilidade de dirigir e a saúde cardiovascular", destaca a médica.


Não é pequeno o número de pessoas, que apesar de dizerem que dormem a noite toda, acordam muito cansadas, como se não tivessem dormido nada. Cochilam quando interrompem as atividades diárias, ou o que é pior, dormem durante as mesmas, em reuniões de trabalho, enquanto assistem aulas e até no volante de seus automóveis, com relatos de maiores índices de acidentes automobilísticos entre eles.


"Conhecemos muito bem os vários fatores de risco para as doenças do coração. Tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, sedentarismo e níveis elevados de colesterol são os mais conhecidos. Nos últimos anos, temos tido evidências convincentes de que a apnéia do sono deve ser adicionada a essa lista. Muitos trabalhos científicos têm revelado aumento da taxa de mortalidade cardiovascular em pacientes portadores da apnéia do sono", informa a endocrinologista.


O papel do sono inadequado como fator de risco cardiovascular tem mudado a condução da consulta médica nos consultórios dos cardiologistas, que passaram a investigar o sono dos seus pacientes.


"Os pacientes com apnéia do sono apresentam grande variabilidade da pressão arterial durante o sono. Neles, pode deixar de ocorrer o descenso noturno observado nos indivíduos normais e até ocorrer elevações absolutas da pressão arterial durante o sono, mesmo nas situações em que há valores normais durante o dia", conta Ellen Paiva.


Cerca de 40 a 90% dos pacientes com apnéia do sono tem hipertensão arterial e mais de 83% dos pacientes hipertensos, que não respondem ao tratamento, tem apnéia do sono. Assim, a apnéia do sono deve ser pesquisada em todos os pacientes hipertensos obesos e refratários ao tratamento da pressão alta.


Um diagnóstico preciso - a polissonografia


A polissonografia tornou possível o diagnóstico preciso da apnéia do sono, bem como a definição do grau de intensidade do distúrbio.


Para realizá-lo, o paciente deve dormir uma noite no laboratório, quando devem ser aferidos vários parâmetros, como o grau de oxigenação do sangue, pressão arterial eletroencefalograma, freqüência respiratória e pausas respiratórias, eletrocardiograma, e vários outros sinais clínicos que podem nos indicar a qualidade do sono.


As formas de tratamento da apnéia do sono

"A perda de peso deve ser sempre a primeira forma de tratamento a ser tentada. Ela melhora as condições respiratórias como um todo e, muitas vezes, é definitiva para a normalização do sono", recomenda e endocrinologista Ellen Simone Paiva.


O uso de álcool e sedativos relaxa a musculatura das vias aéreas superiores e pode agravar ou mesmo causar a apnéia do sono e, portanto, devem ser evitados. Em alguns casos, a obstrução da via aérea ocorre mais frequentemente com o decúbito dorsal, sendo o decúbito lateral a posição mais favorável à respiração durante o sono.


"Além da perda de peso, o tratamento de escolha na síndrome da apnéia do sono é o uso de máscara nasal durante a noite, com o intuito de causar pressão positiva contínua (CPAP), prevenindo o fechamento e estreitamento das vias aéreas durante o sono", diz a médica. Os níveis de pressão da máscara devem ser ajustados através da polissonografia e da redução do índice de apnéia. O tratamento cirúrgico da apnéia do sono pode ser tentado em casos especiais, mas tem menor eficácia que o CPAP.

Fonte: Site http://ruidasilveira.blogspot.com/2010/06/os-disturbios-do-sono-relacionados.html

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Apneia do sono

Apneia do sono ou Apneia noturna (AO 1990: apneia) é uma desordem do sono caracterizada pela suspensão da respiração durante o sono. Estes episódios de apneia (do grego em grego: ἄπνοια (ápnoia), falta de respiração) podem durar alguns segundos, por tempo suficiente para que uma ou mais respirações sejam perdidas, após os quais é retomada a respiração normal, e ocorrem repetidamente durante o sono. A definição padrão de qualquer evento apneico inclui um intervalo mínimo de 10 segundos entre as respirações, com despertar neurológico (monitorado por EEG) ou dessaturação da oxiemoglobina de mais de 3-4%, ou ambos. Na maior parte das vezes, as apneias não são suficientes para despertar a pessoa, mas há uma alteração no padrão de sono, passando do sono profundo para um sono mais superficial. Como este sono não é repousante, as manifestações típicas são uma sensação de "noite mal dormida" ao despertar, assim como fadiga e sonolência durante o dia. A apneia do sono é diagnosticada com um teste chamado polissonografia, ou "estudo do sono".

Níveis clinicamente significativos de apneia do sono são definidos como cinco ou mais episódios por hora de qualquer tipo de apneia (pela polissonigrafia). Existem três formas distintas de apneia do sono: central, obstrutiva e mista, ou complexa (i.e., uma combinação da central e obstrutiva), constituindo 0.4%, 84% e 15% dos casos respectivamente. Na apneia do sono do tipo central, a respiração é interrompida pela "falta de esforço respiratório"; na apneia do sono do tipo obstrutivo, a respiração é interrompida por um bloqueio físico ao fluxo aéreo "apesar de esforço respiratório". Na apneia do sono complexa (ou mista), há uma transição de características centrais para obstrutivas durante os eventos.

Em qualquer um dos tipos, o indivíduo com apneia do sono está raramente consciente de que tem dificuldade para respirar, mesmo depois de acordado. Apneia do sono é reconhecida como um problema por outras pessoas que testemunham o indivíduo durante os episódios ou é suspeitada devido a seus efeitos no corpo (sequelas). Os sintomas podem estar presentes por anos (ou mesmo décadas) sem identificação.

A Síndrome da Apneia-Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é uma condição crônica de obstrução cíclica da via aérea superior durante o sono, combinada com sinais e sintomas de distúrbios do sono. (COSTA, 2006)

História

Os primeiros relatos na literatura médica do que hoje é chamado de apneia obstrutiva do sono datam de 1965, quando foi independentemente descrito por pesquisadores franceses e alemães. Entretanto, o quadro clínico dessa condição já era reconhecido há bastante tempo como um traço pessoal, sem uma compreensão do processo patológico. O termo Síndrome de Pickwick, que é algumas vezes usado para a síndrome, foi cunhado pelo médico famoso do século 20 William Osler, que deve ter sido um leitor de Charles Dickens. A descrição de Joe, "o garoto gordo" no romance de Dickens "The Pickwick Papers", é uma figura clínica acurada de um adulto com síndrome da apneia do sono obstrutiva.

Os primeiros relatos na literatura médica descreviam indivíduos que eram muito gravemente afetados, frequentemente se apresentando com hipoxemia grave, hipercapnia e insuficiência cardíaca congestiva. Traqueostomia era o tratamento recomendado e, ainda que pudesse salvar a vida do paciente, as complicações no estoma eram frequentes nesses indivíduos muito obesos e de pescoço curto.

O manejo da apneia obstrutiva do sono foi revolucionado com a introdução do CPAP, primeiramente descrito em 1981 por Colin Sullivan e associados em Sydney, Austrália. Os primeiros modelos eram volumosos e barulhentos, mas o design foi rapidamente melhorado e, no final da década de 1980, CPAP foi amplamente adotado. A disponibilidade de um tratamento efetivo estimulou uma busca agressiva por indivíduos afetados e levou ao estabelecimento de centenas de clínicas especializadas dedicadas ao diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono. Embora muitos tipos de problemas do sono sejam reconhecidos, a vasta maioria de pacientes que procuram esses centros têm problemas com sono relacionados à respiração.

Etiologia (causas)

Dentre os fatores predisponentes incluem-se:

* Sexo masculino
* Avançar da idade
* Aumento do Índice de Massa Corporal (IMC)
* Obesidade central

Aumento da complacência das vias aéreas superiores por:

* Uso de drogas miorrelaxantes, álcool, sedativos
* Aumento da circunferência do pescoço
* Tabagismo (ativo e passivo)

Na infância:

* Hipertrofia de tecido linfóide das vias aéreas superiores (adenoides e amígdalas)
* Malformações congênitas (síndromes genéticas, micrognatia, retrognatia)

Fisiopatologia

O fechamento parcial das vias aéreas superiores é definido como hipopneia, enquanto que o fechamento total constitui uma apneia. Nos fechamentos parciais, temos como principal manifestação o ronco, devido à produção de som pelo turbilhonamento alterado do ar expirado. Existe um espectro de doença desde o ronco normal e assintomático até o quadro completo de SAHOS. O ronco pode preceder e evoluir para SAHOS, sendo que a obesidade e o envelhecimento contribuem para isso.

Diagnóstico

O diagnóstico da apneia do sono é feito através de polissonografia. Fale com o seu médico.

O principal sintoma da apneia do sono é a sonolência intensa durante o dia. Esta sonolência pode levar a acidentes de automovel ; ao sono intenso em horas inadequadas, como no trabalho ou na sala de aula. As outras manifestações da doença incluem o ronco (com pausas respiratórias, as apneias); e dificuldade de manter a concentração e a atenção pela sonolência diurna. Ao dormir, têm também movimentos muito frequentes, durante toda a noite, associados às pausas respiratórias (apneias). (CAPLES, 2005; REIMÃO, 1996)

As apneias podem ser classificadas como obstrutivas, centrais ou mistas:

* Apneias obstrutivas: O diagnóstico clínico dos maiores especialistas do mundo é considerado correto em 50% dos casos, considerando uma prevalência de 5% da doença. O único método de diagnóstico conhecido é a polissonografia, que mede o número total de eventos de apneia + hipopneia por hora, o índice de apneia e hipopneia (IAH). Para um evento ser considerado como obstrutivo, é necessário haver aumento do esforço respiratório reflexo. Se o IAH for maior ou igual a cinco o paciente é considerado portador da síndrome da apneia obstrutiva do sono.

* Apneias centrais: Ao contrário das apneias obstrutivas, não há esforço respiratório reflexo durante as apneias ou hipopneias, e sua etiologia também parece ser bem distinta.

* Apneias mistas: Possuem componentes tanto obstrutivos quanto centrais.

A gravidade da SAHOS é classificada conforme o índice de apneia e hipopneia (IAH):

* de 5-15: leve;
* de 15-30: moderado;
* mais que 30: grave.

Tratamento

Medidas gerais:

* Redução do peso corporal;
* Redução do consumo do álcool;
* Tratamento de congestão nasal, rinite, sinusite;
* Higiene do sono: antes de dormir evitar cigarro, álcool, bebidas com cafeína, exercícios intensos, refeições pesadas, medicamentos sedativos, evitar dormir de barriga para cima, dormir em horário constante.

Tratamento mecânico:

* Uso de CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) ou BIPAP (Bilevel Positive Airway Pressure);
* Aparelhos intra-orais.

Tratamento cirúrgico:

* Cirurgia nasal;
* Adenoidectomia;
* Uvulopalatofaringoplastia;
* Traqueostomia;
* Outros.

Doenças secundárias correlacionadas

* Diabetes - 50% dos diabéticos têm apneia do sono .
* Obesidade - 77% dos obesos têm apneia do sono.
* Hipertensão - 35% dos hipertensos têm apneia do sono.
* Insuficiência cardíaca - 50% dos pacientes com insuficiência cardíaca têm apneia do sono.
* Infarto - 30% a 50% dos pacientes infartados têm apneia do sono.
* Arritmia
* Fibrilação atrial - 50% dos pacientes com fibrilação atrial têm apneia do sono.
* AVC - 50% dos pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral) têm apneia do sono.

Logo, sempre se deve avaliar a necessidade de fazer o exame de polissonografia para diagnóstico de apneia do sono nos pacientes com diabetes, obesidade, hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, fibrilação atrial, AVC ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral).

Alerta

As informações dos artigos médicos apenas devem ser vistas como uma parte do processo de compreensão das situações ligadas à medicina. É uma situação de grande risco a tomada de decisões caso não se tenha o conhecimento global e a experiência na área.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Apneia_do_sono

Apnéia do sono aumenta o risco de morte para 46%

Apnéia do sono aumenta o risco de morte para 46%


Segundo pesquisadores dos Estados Unidos, a apnéia do sono severa pode aumentar o risco de morte em 46%. Porém, pessoas com problemas brandos de sono e respiração não estão inclusas nesse percentual.

Naresh Punjabi da Universidade John Hopkins e seus colegas, descobriram que pessoas com dificuldades severas de respiração durante o sono estão mais propensas a morrer de causas variadas do que pessoas sem distúrbios do sono. Os riscos são mais óbvios em homens com idade de 40 a 70 anos.

A apnéia do sono é causada por um colapso das vias aéreas superiores durante o sono. O ronco mais forte pode ser um sintoma, mas o que torna a apnéia diferente são as curtas interrupções na respiração. A apnéia também é ligada a obesidade, pressão alta do sangue, parada cardíaca e derrame.

O grupo de Punjabi estudou 6.400 homens e mulheres durante 8 anos em média. Eles relataram na revista Public Library of Science que, pessoas que começaram com uma apnéia de sono maior têm 46% a mais chance de morrer de qualquer causa em comparação a homens da mesma idade.

Homens na faixa de 40 a 70 anos com distúrbio severo do sono e respiração têm o dobro de chances de morrer de qualquer causa do que homens saudáveis na mesma idade. “Entre os homens 42.9% não tinham distúrbio de sono e respiração, 33.2% tinham uma doença branda, 15.7% doença moderada e 8.2% tinham a doença severa”, explicaram. Já as mulheres tinham cerca de 25% de apnéia branda, 8% moderada e 3% tinham desordem severa na respiração.

De acordo com o médico David Rapoport da Universidade de New York, o melhor tratamento para apnéia do sono é perder peso. E o tratamento mais bem sucedido pode ser o CPAP nasal (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) que por meio de uma máscara nasal que faz pressão, ajuda que as vias aéreas a se manterem abertas durante o sono. “Outro possível tratamento é a cirurgia. Inclui a retirada da amídala”, finaliza. [Reuters]

Fonte:http://hypescience.com/tratamento-apneia-do-sono/

sábado, 7 de agosto de 2010

Ronco e apneia obstrutiva do sono

Ronco e apneia obstrutiva do sono

A natureza projetou o ser humano para respirar pelo nariz. A respiração bucal é errônea em qualquer fase da vida. Apenas uma fração muito pequena de ar pode ser inalada pela boca. O nariz não existe à toa, foi projetado para filtrar, esquentar e umedecer o ar para que passe pela faringe, traqueia, brônquios e chegue aos pulmões numa temperatura adequada.

ONDE SE FORMA O RONCO?

O ronco se forma bem atrás da base da língua. No entanto, em pessoas com problemas nasais importantes como nariz semi-obstruído o ronco mais alto pode ocorrer nessas áreas. Amídalas hipertrofiadas atrapalham a respiração. Crianças com amídalas grandes não só roncam como muitas delas acabam apresentando episódios de Apneia e dificuldade de oxigenação do sangue. No adulto, considera-se Apneia uma parada respiratória com mais de 10 segundos. Como a criança tem um volume pulmonar menor, depois de 2 ou 3 segundos de parada respiratória o sangue já se empobrece de oxigênio. Em apneia oxigenamos menos o sangue e isso tem sérias consequências em longo prazo, portanto o ronco pode ser um sinal de alerta importante e necessitar tratamento, em adultos e crianças.

RELAÇÕES DA APNEIA DO SONO E TRANSTORNOS SISTÊMICOS

Hipertensão arterial – Sabe-se que há uma relação entre Hipertensão Arterial Sistêmica e Apneia do Sono. Recentemente descobriu-se que pessoas com hipertensão resistente têm risco quase cinco vezes maior de terem Apneia do Sono. A Hipertensão Resistente é aquela que não cede mesmo com medicamentos.

Doenças Cardiovasculares - roncar aumenta o risco de doença cardiovascular e os custos com saúde. Quem ronca forte (37% dos homens e 21% das mulheres) tem risco 40% maior de sofrer de hipertensão arterial sistêmica, risco 34% maior de ter um ataque cardíaco e risco 67% maior de ter um derrame cerebral.

Obesidade – A obesidade é outro fator a se considerar, pois ela pode ser causa e consequência da Apneia do Sono. Na obesidade os tecidos da orofaringe podem sofrer infiltração gordurosa que aumenta a obstrução da faringe. O excesso de peso colabora para o ronco. Por sua vez, o estresse oxidativo (produção de radicais livres numa quantidade que o sistema anti-oxidativo do organismo não consegue eliminar), causado pela Apneia do Sono, leva a um aumento do risco de Síndrome Metabólica (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial ) e envelhecimento precoce. Torna-se um círculo vicioso: a obesidade sustenta a apneia e a apneia aumenta o risco de obesidade e suas consequências.

Além desses, Refluxo Gastro-Esofágico que ocorre mais facilmente à noite, tabagismo e ingestão de álcool podem irritar a faringe, provocar inchaço e consequentemente aumentar a incidência de ronco.

Noctúria (levantar várias vezes à noite para urinar), Distúrios Sexuais (impotência e frigidez) podem acontecer dentro do quadro de Apneia e Ronco.

Prevenir é a palavra de ordem da medicina atual e é nesse conceito que se enquadra o nosso tratamento.

Nosso tratamento utiliza de vários recursos associados entre si.

1. APARELHOS INTRA-ORAIS PLG

Estes aparelhos são utilizados para reposicionar a mandíbula e desobstruir a região das vias aéreas permitindo que o ar circule livremente sem barulho (ronco) e sem Apneia (falta de ar).

Este aparelho é bastante delicado, ocupa pouco espaço dentro da boca, permite um melhor reposicionamento da língua e não impede os movimentos laterais da mandíbula como acontece em outras técnicas. O conforto é bem maior permitindo que o paciente se adapte ao seu uso com mais facilidade, diminuindo a possibilidade de náuseas naqueles com sensibilidade lingual excessiva. Com a ausência do ronco (barulho) a vida social, familiar e íntima melhora muito e o paciente ganha qualidade de vida (respirar é vital!).

Importante salientar que é um tratamento conservador, não agressivo e reversível – não muda posição de dentes e nem requer procedimentos cirúrgicos.

Ele é indicado para o tratamento do ronco e apneia obstrutiva do sono (Apneias leves e moderadas), não atendendo a pacientes diagnosticados com nível muito alto de Apneia, de origem nervosa central. Nestes casos o CEPAP (Pressão contínua em vias aéreas) é uma indicação de tratamento.

Fonte: www.saudecompleta.odo.br

Apneia do Sono e Mortalidade

Apneia do Sono e Mortalidade

Os distúrbios do sono estão sendo cada vez mais relacionados as arritmias cardíacas como fibrilação atrial ou extrassístoles ventriculares. Cada vez mais, a avaliação das as alterações respiratórias do sono assumem papel importante para a boa prática médica.
Os sintomas mais freqüentes são: ronco, dificuldades respiratórias durante o sono e a sonolencia diurna. Apesar de serem sintomas muito frequentes, a maior parte das pessoas não procura atendimento médico não sendo o distúrbio adequadamente tratado. Em estudo realizado pela Johns Hopkins School of Public Health, os autores concluiram que pacientes portadores de distúrbios do sono apresentam um risco 50 % maior de morte do que pessoas do mesmo sexo e idade sem a doença. Esta associação independe de outras doenças, tratamentos ou estilo de vida. Além disto, em homens de 40 a 70 anos o risco dobra!
Sómente nos Estados Unidos, estima-se que 12 milhões de pessoas são portadores de apnéia do sono. As opções de tratamento existentes incluem alterasções alimentares, mudanças nos hábitos do sono, dispositivos para ajudar a respiração e até mesmo cirurgias.
Apesar destas opções serem eficazes para controlar os sintomas, o impacto destes tratamentos na mortalidade ainda é desconhecido.
Estudo americano que envolveu mais de 6000 homens e mulheres com mais de 40 anos mostrou que os portadores de apnéia do sono moderada ou severa apresentavam mortalidade maior do que o restante da amostra. Estes resultados foram confirmados mesmo após ajustes para sexo, peso ou tabagismo.
Apesar das diversas limitações que este tipo de estudo apresenta, a sinalização de que os distúrbios do sono podem ser um componente de situações de gravidade não é ainda adequadamente reconhecida pela prática médica.

Fonte:http://foradoponto.blogspot.com

Apnéia do sono e o seu coração

Apnéia do sono e o seu coração

O que é apnéia do sono?

Apnéia é uma interrupção na respiração com duração de pelo menos 10 segundos; quando ocorrem mais de 5 apnéias por cada hora de sono é diagnosticado apnéia do sono.

Quais são as principais manifestações da apnéia do sono?

Durante o sono ocorrem paradas da respiração e ronco alto. Ao acordar pode estar presente dor de cabeça e cansaço. Durante o dia há sonolência excessiva com risco de acidente automobilístico, déficit de memória, dificuldade de concentração, diminuição do desejo sexual, irritabilidade e depressão.

Qual o grupo mais acometido?

É mais comum em homens, idosos, obesos, pessoas com aumento da circunferência do pescoço, das amídalas e da adenóide, pessoas com queixos pequenos ou retraídos e quem usa medicações relaxantes musculares, álcool e sedativos.

Todo mundo que ronca tem apnéia?

Não. O ronco inofensivo é um som decorrente da vibração das estruturas da garganta durante a passagem do ar, é mais sonoro e associado aos movimentos respiratórios. O ronco da apnéia é mais forte, ocorre após pausas da respiração e resulta da entrada brusca do ar.

Como eu descubro se tenho apnéia do sono?

O Questionário de Berlin e a Escala de Epworth sugerem a possibilidade de distúrbios do sono, entretanto, o diagnóstico definitivo é obtido pela Polissonografia, exame que monitora o sono durante toda a noite, detectando o tipo e a gravidade da apnéia.

Quais os principais problemas de coração associados à apnéia?

Aumento da pressão arterial, enfraquecimento do músculo do coração (insuficiência cardíaca), alterações da batida do coração (arritmias), entupimento do vaso do coração (doença arterial coronária) e derrame (AVC).

Qual o tratamento da apnéia?

Não existe medicamento eficaz. As medidas gerais que podem ajudar são: tratar doenças que podem agravar a apnéia; perder peso; evitar uso de álcool e sedativos e dormir de lado, pois dormir de costas facilita a queda da língua com obstrução da passagem de ar. Pode ser costurado um bolso nas costas do pijama para colocar uma pequena bola (ex.: de tênis) e com isto provocar desconforto toda a vez que você virar de barriga para cima, obrigando-o a mudar de postura e dormir de lado.

Há necessidade de uma avaliação individual com médico especialista para utilização de medidas de tratamento mais especificas como: correção cirúrgica de estruturas que estejam obstruindo a passagem do ar; utilização de retratores da língua, que são aparelhos feitos por ortodontistas cuja função é aumentar a permeabilidade das vias aéreas puxando a língua para frente; e uso de CPAP, que é uma máscara que fornece o ar sob pressão.

Fonte: www.seucoração.com.br

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