quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DORMIR BEM É FUNDAMENTAL

O sono possui importância vital na restauração das energias, no bom funcionamento de nossas defesas e até mesmo no crescimento, dependendo da idade. Contudo, essas vitais horas de repouso podem ser drasticamente perturbadas por alterações orgânicas, como o ronco e a apnéia obstrutiva do sono.

O ronco não costuma perturbar o sono de quem possui o hábito, mas sim das pessoas que deveriam dormir nas proximidades. Sua causa, na grande maioria das vezes, é a vibração dos tecidos posteriores da garganta, causando o conhecido ruído que, muitas vezes, é sinal de martírio para quem está por perto. Já a apnéia obstrutiva perturba, principalmente, o sono de quem apresenta o quadro clínico. É causada pelo fechamento da passagem de ar na
garganta e resulta na paralisação temporária da respiração (essas interrupções podem durar vários segundos).

Frequentemente, a pessoa não percebe que desperta durante a noite para recuperar o ar, antes de voltar a dormir. Nos casos mais graves esse dorme-acorda pode se repetir até 300 vezes!
Além dos transtornos sociais e psicológicos (irritabilidade, dificuldade de concentração, sonolência diurna), o ronco e a síndrome da apnéia obstrutiva do sono podem trazer conseqüências físicas para seus portadores. O paciente apnéico tem em torno de três vezes mais chance de sofrer de hipertensão, arritmias cardíacas, enfarto, derrame. Além disso, a sonolência diurna excessiva causada pela má qualidade do sono desses pacientes é responsável por um
aumento em torno de sete vezes nas chances de acidentes de trânsito e no trabalho.


Em estudos populacionais, estima-se que 19% das mulheres e 30% dos homens ronquem intensamente. Estima-se que apnéia do sono, por sua vez, ocorra em 2 a 4% da população geral, sendo mais comum nos homens de meia idade e nas mulheres após a menopausa.

Os obesos são mais propensos a sofrer do problema, bem como a respiração bucal e o uso de álcool e cigarro agrava de modo significativo as apnéias.

A presença do ronco durante o sono pode ser um sinal de apnéia, porém nem todos os roncadores são apneicos; e a única maneira de diagnosticar corretamente é através de uma avaliação polissonográfica (Exame em que o paciente dorme uma noite em um laboratório de sono e é então avaliado em tudo o que acontece com
ele durante a noite).

Os tratamentos tradicionais para ronco e apnéia são:

Os aparelhos de pressão positiva (CPAP), tem sua indicação principal nos casos de apnéias moderadas ou graves.

Outro tratamento existente é o cirúrgico, a uvulopalatofaringoplastia (remoção de parte da úlvula e do palato mole) e a cirurgia de avanço uni ou bi-maxilar. Porém uma nova possibilidade de tratamento vem se abrindo na Odontologia, problemas como o ronco e apnéia obstrutiva do sono podem ser tratados com aparelhos intraorais, instalados por dentistas com conhecimento e treinamento em odontologia do sono.

É o aparelho intra-oral PLG, que tem sido utilizado e estudado desde 1999, e desde então tem sido aprimorado através de evidências clínicas e científicas, baseadas nas mais recentes pesquisas e publicações da área.

De fácil adaptação, são indicados nos casos de ronco primário (sem apnéia) e nas apnéias obstrutivas leves e moderadas. Tem sido a alternativa mais conservadora no tratamento do ronco e da apnéia do sono.

O aparelhos intra-oral PLG consiste em placas adaptadas aos dentes, fazendo com que a mandíbula fique posicionada mais a frente, aumentando o espaço para entrada do ar, além disso evita que o paciente fique com a boca aberta e solta, evitando assim, o ronco e a apnéia do sono.

Para iniciar o uso do aparelho em primeiro lugar é preciso fazer uma avaliação, onde o dentista especializado e o médico otorrinolaringologista verificam as condições para a colocação do aparelho, é necessário fazer alguns exames complementares, como a polissonografia, radiografias ou exames médicos complementares, também é avaliada a condição dentária verificando possíveis problemas que precisem ser tratados antes da colocação do aparelho.

Segundo resultados apresentados no Congresso da Sociedade Brasileira de Sono (novembro 2007), os pacientes tratados pelo sistema PLG tem obtido uma redução média no índice de Apnéia (IAH) em estudo com polissonografia, de 74% e uma redução no ronco de 80% em média.

Se o seu problema é o ronco ou a apnéia obstrutiva, conheça aparelho PLG, ele pode fazer muito por você: garantir saudáveis horas de sono

Fonte: www.clinicacorpus.med.br

TRATAMENTO DE APNÉIA DO SONO ATRAVÉS DO SISTEMA PLG

O Sistema PLG de tratamento não é apenas um aparelho para ser usado nos casos de ronco e apnéia do sono, é composto além do aparelho, de um método de tratamento baseado em experiência clinica de mais de 10 anos e evidências científicas baseadas nas mais recentes pesquisas e publicações na área, que compreendem um cuidado geral com a individualidade de cada paciente, tendo uma forma individualizada de avanço mandibular, cuidados com casos específicos como nos portadores de alterações da articulação têmporo-mandibular (ATM) e outros problemas como assimetrias de forma ou movimento da mandíbula.

O tratamento com o Sistema PLG baseia-se num diagnóstico adequado, alicerçado na multidisciplinaridade, seguindo os preceitos e protocolos desenvolvidos pelas principais entidades internacionais (American Academy of Sleep Medicine, American Sleep Disorders Association, Academy of Dental Sleep Medicine, Sociedade Brasileira de Sono).

O aparelho PLG, desenvolvido pelo Dr. Luiz Roberto Godolfim, tem sido utilizado com sucesso desde 1999, e desde então o Sistema PLG tem sido aprimorado de modo a obter os melhores resultados com o menor desconforto para os pacientes. O aparelho PLG é um aparelho que trabalha pelo avanço mandibular para impedir o colapso dos tecidos da garganta. Ele preserva a parte interior da boca, não tendo nenhuma peça ou parte que possa interferir com a posição da língua (A língua quando recebe algum contato na ponta ou nos bordos se posiciona reflexamente para trás, invadindo o espaço aéreo), também possui um sistema na lateral composto de um arco e um tubo telescópico (usados há muitos anos nos aparelhos ortopédicos funcionais) que permitem que o paciente tenha alguma liberdade de movimento com a boca, aumentando o conforto e o relaxamento muscular, bem como permitindo que o aparelho possa ser regulado gradativamente de forma a se obter a melhor posição mandibular possível.

No sistema PLG têm-se a preocupação em planejar o avanço mandibular de acordo com a necessidade e com as características individuais dos pacientes, através da análise detalhada (clínica e radiografica) das características individuais dos pacientes (forma da face, assimetrias, quantidade, amplitude e simetria dos movimentos mandibulares) e suas limitações, como nos casos de problemas com a Articulação Têmporo-Mandibular (ATM). Para isso, além de uma cuidadosa determinação do avanço mandibular possível em cada paciente, utiliza-se um instrumento desenvolvido (George Gauge – Great Lakes Orthodontics) para o registro preciso da posição mandibular, de modo que o aparelho possa ser construído da forma determinada pelo profissional.

Segundo resultados apresentados no Congresso da Sociedade Brasileira de Sono (novembro 2007), os pacientes tratados pelo sistema PLG tem obtido uma redução média no índice de Apnéia (IAH) em estudo com polissonografia, de 74%, sendo que 54% dos pacientes tiveram redução total da apnéia do sono (IAH<5) e uma redução no ronco de 80% em média.

Fonte: www.dentistadosono.com.br

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Problemas respiratórios durante o sono na gravidez

Ronco, síndrome de resistência das vias aéreas superiores, síndrome da apnéia do sono e síndrome de hipoventilação por obesidade são definidos como distúrbios respiratórios do sono. Muitas mudanças ocorrem no sistema respiratório e fisiologia do sono durante a gravidez devido a causas físicas e hormonais. Capacidade residual funcional, o tempo total de sono, sono REM (Rapid Eye Movement) e estágios 3-4 sono não-REM são reduzidos durante o terceiro trimestre da gravidez. O ronco é mais prevalente em mulheres grávidas do que em mulheres não grávidas. Ronco durante a gravidez podem estar associados a hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia, retardo do crescimento intra-uterino e Apgar baixo no bebê. A prevalência da síndrome da apnéia do sono durante a gravidez é desconhecida. Todas as mulheres grávidas, sobretudo obesas e aquelas em pré-eclâmpsia foram questionadas quanto à possibilidade de distúrbios respiratórios do sono. Neste artigo, resumimos em primeiro lugar alterações fisiológicas normais do sistema respiratório e do sono durante a gravidez, intercorrências maternas e fetais segundo distúrbios respiratórios do sono e, finalmente, o tratamento de distúrbios respiratórios do sono na gravidez.

Fonte:www.congressosmedicos.com.br

Sobre a Odontologia do Sono

Sobre a Odontologia do Sono

Próteses ou aparelhos nos dentes feitos especificamente para o paciente com distúrbios do sono, são métodos altamente eficazes para eliminar o problema. "Primeiramente, peço um estudo detalhado que pode ser feito em Clínicas de Exame do Sono, cujo responsável é um médico do sono. Com esse diagnóstico, temos condições de saber os níveis de ronco e se existem outros distúrbios do sono presentes, como a própria apneia ou o bruxismo.", explica Dr. Rollo Duarte.

O aparelho oral é confeccionado de acordo com o tipo de arcada dental de cada indivíduo. Existem vários tipos de aparelhos, escolhidos após uma avaliação das condições orais e faciais que incluem um exame odontológico completo da boca, dos dentes e gengivas, dos músculos da face e da mastigação e articulação da mandíbula - a ATM.

"Com o aparelho, o ar vai passar por uma garganta ou via aérea mais aberta, livre da resistência provocada pelo relaxamento dos músculos aumentados nos indivíduos com ronco e apneia do sono", finaliza o especialista .

Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

Apnéia: quando o ronco é sinal de doença

Apnéia: quando o ronco é sinal de doença

Se alguém da sua família ou amigo já denunciou ser você um roncador daqueles, vale a pena parar alguns minutinhos para ler esta reportagem. É que o ronco às vezes é "apenas" um barulho incômodo para quem dorme ao seu lado, mas também pode ser um importante diagnóstico para a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (Saos). O nome pode até ser complicado, mas identificar a doença não, porque ela é de fácil percepção. Quando o ronco vem acompanhado de paradas respiratórias durante o sono, sonolência diurna excessiva e até problemas como pressão alta e batimento cardíaco irregular, é hora de procurar um médico.
Apnéia significa pausa respiratória. "O que chamamos de apnéia do sono é a ocorrência de no mínimo cinco paradas respiratórias por hora de sono, acompanhadas de sintomatologias como ronco e sonolência excessiva durante o dia", explica o pneumologista Pedro Felipe de Bruin, membro da Sociedade Brasileira de Sono.

Na verdade existem dois tipos de apnéia do sono, a causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central - a Apnéia Central -, e aquela mais comum em todo o mundo - a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono - causada principalmente pela obesidade (a gordura fecha o canal da faringe), mas também por problemas anatômicos específicos, como hipertrofia de amígdala e/ou adenóides (tamanho exagerado da amígdala e/ou adenóides - especície de amígdala faríngea, atrás do nariz). A Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono atinge em sua maior parte homens, sobretudo obesos, e mulheres após a menopausa, porém também pode ser de origem hereditária, atingindo inclusive crianças.

O médico Pedro de Bruin explica que com a obstrução da faringe (vias aéreas superiores), o esforço respiratório é iniciado, mas o ar não chega a atingir os pulmões. O ronco é a tradução sonora indicando que há uma diminuição ou estreitamento da via aérea durante a passagem do ar. Se esse estreitamento torna-se severo, então ocorre o fechamento ou colapso da faringe, resultando na apnéia. Dormindo, o apnéico não percebe, mas pára de respirar. Essas interrupções na respiração são breves (duram pelo menos 10 segundos), mas repetidas (cerca de cinco episódios por hora de sono).

Segundo o médico, não há estudos concretos que mostrem quantos brasileiros têm a patologia. "Certamente muitas pessoas sofrem com apnéia do sono, sem saber que é uma doença", comenta. Para a Sociedade Brasileira do Sono, de 2% a 4% das mulheres adultas e de 4% a 9% dos homens adultos são apnéicos, principalmente em maiores de 35 anos. Mais de 4% da população mundial seria apnéico, aumentando para 25% o índice entre idosos.

A apnéia do sono é uma doença crônica e está classificada entre as que mais matam no mundo, por causa do aumento do risco de acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto; o aumento do risco de acidentes de trânsito, em razão da sonolência excessiva provocada pelas noites maldormidas; e as paradas respiratórias e até cardíacas durante o sono. O problema é que poucas pessoas conhecem a doença, e até entre a classe médica o tema é pouco difundido.

A explicação pode estar no fato de que a síndrome só passou a ser descrita nas revistas médicas especializadas a partir da década de 80. Com os poucos anos de estudos aprofundados sobre a doença, ainda há muito a se desenvolver na área: as estatísticas são genéricas, o tratamento clínico é caro, não existe especialidade médica em sono, ainda não há medicamento de comprovada eficácia, os serviços públicos não oferecem ambulatórios específicos, nem o aparelho mais indicado para o tratamento da doença é distribuído de forma gratuita - assuntos a serem tratados com mais detalhes.


Fonte: www.saude.terra.com.br

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dica de Saúde - Bons e maus hábitos

Tenha seus rituais
Crie um ritual agradável para a hora de dormir. Tente meditação, relaxamento, oração, ou outra técnica de controle da tensão. A leitura não relacionada com trabalho ou problemas é bom hábito.

Não olhe o relógio cada vez que acordar
Este mau hábito acrescenta sofrimento à tortura de uma eventual noite de insônia. Se seu relógio for daqueles com mostrador luminoso cubra-o ou deixe-o virado para o outro lado.

Leve em conta o efeito do exercício
Um programa constante de exercício melhora o sono, e por isso atletas têm sono mais profundo. Entretanto, um único dia de exercício pode tornar o sono superficial. O melhor horário para exercício seria até 6 horas antes de deitar. Uma questão que ainda intriga os pesquisadores é que pessoas que passam vários dias de cama também sofrem aumento de sono profundo, como os atletas.

Durma em ambiente escuro e silencioso
A quantidade de ruídos que cada um tolera depende de diversos fatores. Também é importante o significado do ruído. Uma mãe desperta mais rápido com o choramingar do bebê do que com o ruído de carros. Idosos acordam mais facilmente que os jovens, e de um modo geral, as mulheres despertam mais facilmente que os homens. Pessoas com sono leve têm maior risco de desenvolver insônia. Apesar destes fatores, é inegável que luz e ruído prejudicam o sono. Mesmo que a pessoa não perceba, seu sono torna-se superficial. Moradores de vizinhanças de aeroportos perdem em média, por noite, 45 minutos de sono útil (sono REM e sono profundo). Se não puder escapar da luz ou do ruído, máscaras e tampões de ouvido podem ser a solução.

Evite calor ou frio excessivos no quarto de dormir
Frio e calor são bem reconhecidos como perturbadores do sono. Temperatura abaixo de 17 graus causa sonhos desagradáveis e calor acima de 29 graus causa mais despertares e movimentação. O clima favorável ao sono é o de temperatura amena e pressão barométrica baixa, quando o dia “está para chuva”. Mas quem não sabia que um dia nublado, úmido pede uma boa soneca. Nas noites frias, um banho quente e prolongado soluciona os pés frios e relaxa.

Não durma com fome
O valor de um copo de leite morno ao deitar tem base científica. O leite é rico em triptofano, que é um percursor da serotonina, uma substância envolvida no processo de sono. Sabe-se que ratos após 6 a 11 dias de dieta com poucas calorias reduzem o sono e passam o tempo procurando alimento. Foi visto, também, que pessoas com fome ou perdendo peso têm o sono da segunda metade da noite um pouco prejudicado. Nem por isso fica liberado o “assalto” à geladeira no meio da noite.

Faça refeições leves à noite
À partir dos 16 anos a capacidade digestiva vai diminuindo. O alimento não digerido entra em putrefação no intestino, provoca distensão do abdome, dificulta a respiração, causa roncos, apnéias e palpitações. Após certa idade, a maioria das pessoas naturalmente vão tornando as refeições da noite mais leves. Isto está correto.

Use a cama para dormir
Algumas pessoas fazem da cama e do quarto de dormir um recanto para piqueniques, sala de jogos, de TV e de leitura. Isto cria hábitos desfavoráveis ao sono. Numa eventual noite de insônia não se deve permanecer na cama forçando o sono, tentando dormir. Deve-se levantar, procurar uma atividade fora da cama e só retornar quando sentir novamente sono, para dormir. O sono é um estado vital complexo. À medida que se aprende mais sobre o assunto nota-se que seria necessária a formação de hábitos de higiene do sono. Entretanto, o sentimento geral é de que o sono é um estado mágico, protegido por um “anjo da guarda” e que não necessita cuidados. Só os que sofrem com seu sono sabem quão errada é essa idéia. A prevenção de distúrbios do sono não é diferente de outras formas de prevenção. Ela exige cuidados. Assim como deve-se escovar os dentes diariamente para evitar cáries e perda de dentes, deve-se também tomar cuidados com o sono para que não se venha a desenvolver insônia e outras doenças do sono.

Fonte: www.sono.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Diagnóstico

Como o médico caracteriza os sintomas de distúrbio do sono
O paciente dormindo estará, por definição, inconsciente do que faz. No momento de colher informações sobre o sono, recomenda-se a presença de um acompanhante que possa fornecer detalhes sobre o sono do paciente, em geral o cônjuge. A consulta em geral é longa, pois ao entender que suas queixas são sintomas legítimos de doença orgânica, com importância médica real, o paciente fornece detalhes abundantes.

Insônia
Pergunta-se há quanto tempo o paciente apresenta o sintoma desde a primeira manifestação, às vezes ainda na infância, e o período desde a última reativação do quadro. Deve-se levar em conta que a insônia tem caráter cíclico e registrar as duas datas na ficha. Como a insônia é oscilante, mutável, anota-se o mínimo e o máximo de cada uma de suas características. Para definir a dificuldade de iniciar o sono, registra-se a latência ao sono. O número de despertares por noite oscila, dependendo da fase da doença. O horário dos despertares pode ser variável. Registra-se o tempo que duram os despertares no meio da noite. O uso de hipnóticos pode ser regular ou esporádico. Alguns pacientes conseguem lembrar o nome de uma dezena de medicamentos que já tomaram, enquanto outros ignoram até o que estão tomando hoje.

Sonolência
Utiliza-se situações monótonas comuns como indicadores para identificar sonolência. A sonolência será considerada excessiva ou mórbida quando ocorrer sempre ou muitas vezes em duas ou mais destas situações:

Adormecer contra vontade enquanto estiver:

assistindo TV;
lendo;
assistindo aulas, palestras, reuniões;
viajando como passageiro.
Ter de interromper a atividade enquanto estiver:

dirigindo por mais de uma hora;
trabalhando em uma atividade sedentária.
Nas duas últimas circunstâncias, só os pacientes extremamente sonolentos adormecem face ao risco ou constrangimento que envolvem. Uma escala de sonolência conhecida é a que Murray W. Johns, do Hospital Epworth, na Austrália, publicou em 1991. Johns chamou-a escala de sonolência de Epworth (ESE). Teste sua sonolência pela escala de Epworth clicando aqui.

Roncar no sono
Os dados a investigar na história de roncar compreendem: o tempo de duração da queixa, em meses ou anos, desde a primeira menção de que roncava; a intensidade do ronco e a evolução do sintoma:

grau I, ronco cessa em decúbito lateral.
grau II, permanece em qualquer decúbito.
grau III, permanente, audível fora do quarto e entrecortado por apnéias.
A dificuldade em se quantificar o ronco reside no fato de que ele depende do ouvido de quem ouve.

Apnéias
Os dados sobre apnéias compreendem: o tempo de duração da queixa, em meses ou anos desde a primeira menção de que apresentava apnéias; o período de ocorrência de apnéias observadas durante uma noite; a freqüência com que ocorrem apnéias; a freqüência com que o paciente acorda sufocando; a percepção pelo observador de dificuldade respiratória durante as apnéias.

Movimentos ou atividades anormais
Nas perguntas sobre movimentos ou atividades anormais durante o sono deve-se, além de registrar os achados esclarecer a história e detalhá-la. Valoriza-se esses sintomas, pois o sono, por definição, é um estado de quiescência. Diversos distúrbios, porém, tornam o sono inquieto. A sensação de pernas inquietas antes de adormecer deve ser valorizada como causa de dificuldade de iniciar o sono.

Sintomas relacionados
dormir melhor fora de casa;
problemas do local em que dorme no que se refere à temperatura, ao ruído, etc;
cama desfeita;
movimentos isolados ou complexos durante o sono;
sono agitado;
sensação desagradável nas pernas que obrigue a movimentá-las;
falar ou gemer durante o sono;
sonhos cansativos que se desenrolam sem cessar;
cãibras;
acordar pela manhã com cefaléia;
sudorese, mesmo em noites que outras pessoas não suam;
acordar com boca seca;
noctúria;
sono leve.

Fonte: www.sono.com.br

Distúrbios V

.Apnéias do Sono

Apnéias são interrupções da respiração por mais de 10 segundos. Durante o sono, um pequeno número de apnéias, geralmente de 7 a 20 por noite, pode aparecer em indivíduos normais. Quando ocorrem com freqüência maior que cinco apnéias por hora, ou 30 apnéias por noite, são consideradas anormais. Os malefícios da doença decorrem da soma de apnéias ao longo de anos. O risco de morrer durante uma única apnéia é pequeno, pois, após 20 ou 30 segundos ocorre o despertar e a respiração retorna.

Sintomas
Os dois principais indícios de que uma pessoa sofre de síndrome das apnéias obstrutivas do sono são:

roncar no sono
sonolência diurna (teste sua sonolência).
O ronco indica a obstrução da garganta e a sonolência é conseqüência dos múltiplos despertares para voltar a respirar.

A obstrução da garganta ocorre somente no sono porque é devida ao relaxamento muscular. Acordado não existe apnéia. O relaxamento também provoca o ronco. As apnéias interrompem o roncar com períodos de silêncio. Quando a respiração retorna, o ronco atinge o máximo, lembrando um urro ou rugido. Nesse momento, o indivíduo está acordado e poderá responder a estímulos externos. Em poucos segundos, porém, volta a dormir e esquece que acordou. Pela manhã, a sensação é de que dormiu perfeitamente. Os que dormem perto é que se queixam. A tendência, ao longo do dia, será de adormecer em qualquer situação monótona. Mesmo quem dorme mais de oito horas tenderá a cochilar durante o dia se permanecer quieto. Por mais que descanse, a recuperação nunca é suficiente. Como o processo da doença se desenvolve em anos ou décadas, as pessoas acostumam-se a essa sonolência excessiva e passam a considerá-la “normal”.
Outros sintomas:

Ganho de peso
Redução da memória
Déficit de atenção
Sono agitado
Boca seca ao acordar
Suor noturno
Pressão alta
Palpitações
Falta de ar
Levantar para urinar
Urinar na cama
Disfunção sexual
Depressão
Irritabilidade
Problemas conjugais
Causas
Existem muitas causas de apnéias, algumas ainda desconhecidas, mas a maioria dos casos está associada a:

Formato mandibular
Obesidade
Menopausa
Garganta estreita
Obstrução nasal
Hipotireoidismo
Acromegalia
Sexo masculino
Predisposição genética
Tratamento
O tratamento das apnéias do sono varia conforme o caso. Depende da causa, da idade, da gravidade, da aceitação e da adesão às medidas propostas. Pode-se usar aparelhos, cirurgias e medicamentos. Quem sofre de apnéias deve evitar qualquer relaxante muscular como álcool ou medicamentos sedativos, calmantes e antialérgicos. Em caso de dúvidas venha fazer uma consulta.

Fonte: www.sono.com.br

Distúrbios IV

Ronco

Tradicionalmente, aceitava-se o roncar durante o sono como uma fatalidade intratável. Além disso, como algo banal, inocente, inócuo. A verdadeira face do ronco talvez seja a de um sinal de alerta, de um fator de risco, de um indicador do estado neuromuscular do paciente. Evitar considerá-lo apenas humorístico representa o primeiro passo para o entendimento de sua complexidade.

O fenômeno central para o surgimento do ronco consiste na garganta flácida. O tono dos músculos da garganta se reduz, levando progressivamente ao contato das paredes que gera vibração e o ruído característico. O sono, além de provocar relaxamento muscular, altera a coordenação entre as contrações do diafragma e dos músculos da garganta. Normalmente, a inspiração inicia pelos músculos da asa do nariz e propaga-se pela faringe, laringe e parede torácica, até alcançar o diafragma. Suspeita-se que os roncadores sofram uma perda dessa coordenação herdada geneticamente.

Além disso, fatores anatômicos como obesidade, queixo pequeno, mordida estreita, céu da boca (palato) em formato de ogiva, amígdalas e adenóides aumentadas, em suma tudo que estreite a passagem do ar e facilite o contato entre as paredes da garganta propiciará o ronco.

Tratamento
O tratamento do ronco pode ser bastante simples. Para os casos iniciais, a mudança de posição pode ser suficiente. Uma bola de tênis costurada nas costas do pijama força a pessoa a deitar de lado. Pode ser qualquer objeto que impeça de dormir de barriga para cima, a posição que mais causa ronco. Elevar a cabeceira, com tacos sob os pés da cama soma-se ao efeito da posição. Evitar álcool e refeições lautas antes de dormir pode resolver o problema por algum tempo. Medicamentos e aparelhos descritos no tópico sobre tratamento das apnéias podem ser necessários nos graus mais avançados de ronco.

Fonte: www.sono.com.br

Distúrbios III

Síndrome das pernas inquietas

Distúrbio caracterizado por sensações desagradáveis nas pernas, usualmente antes do início do sono, que causa uma urgência quase irresistível de mover as pernas. A queixa de sensação desagradável nas pernas a noite causa dificuldade de iniciar ou de reiniciar o sono. A sensação desagradável pode ser semelhante a de formigamento dentro das panturrilhas (barriga da perna) freqüentemente associadas com mal-estar ou dores difusas, generalizadas nas pernas. O desconforto é aliviado por movimento dos membros. A SPI se deve a alterações na neurotransmissão dopaminérgica, carência de ferro e fatores genéticos. Apesar de ser crônica, há tratamento eficaz. Entre as medidas não farmacológicas estão: evitar cafeína, tabaco e álcool, retirar medicamentos que possam desencadear a síndrome como os antidepressivos. Caso as medidas gerais não sejam suficientes, o médico indicará tratamento medicamentoso.

Higiene do sono inadequada
Esse distúrbio do sono surge devido a atividades da vida diária que são incompatíveis com a manutenção de sono de boa qualidade e alerta completo diurno. A queixa pode ser tanto de insônia como de sonolência excessiva. Alguns maus hábitos que justificam esse diagnóstico são:

Horários varáveis de deitar e levantar
Permanecer períodos freqüentes e longos na cama
Uso rotineiro de produtos contendo álcool, tabaco ou cafeína antes de deitar
Exercícios próximos da hora de deitar
Envolver-se em atividades excitantes ou emocionalmente perturbadoras próximo da hora de deitar
Uso freqüente da cama para atividades como assistir televisão, ler, estudar, comer
Dormir em cama desconfortável, colchão de má qualidade, cobertas inadequadas, etc
Permitir que o quarto de dormir seja excessivamente iluminado, abafado, desordenado, quente, frio ou que, de alguma forma, não convide ao sono
Desempenhar atividades que exijam alto nível de concentração imediatamente antes de deitar
Permitir que ocorram na cama atividades mentais como pensar, planejar, relembrar, etc
A solução desse distúrbio pode ser uma boa higiene do sono.

Fonte: www.sono.com.br

Distúrbios II

Narcolepsia

É o distúrbio de sonolência excessiva conhecido há mais tempo. Foi descrito por Gelineau em 1881 e apenas em 1999 se começou a conhecer sua causa.

A narcolepsia caracteriza-se por sonolência excessiva associada a cataplexia e outros fenômenos do sono REM tais como paralisia do sono e alucinações hipnagógicas. A sonolência é muito intensa, incapacitante (teste a sua sonolência). Cochilos diurnos recorrentes ou sono involuntário acontecem diariamente em qualquer situação.

Cataplexia é uma perda súbita do tono dos músculos posturais desencadeada por uma emoção intensa como riso, raiva ou medo. A pessoa pode cair ou apenas sentir-se fraca e necessitar sentar-se.

Paralisia do sono ocorre ao adormecer. A impossibilidade de movimentar-se pode ser assustadora.

Alucinações hipnagógicas podem ocorrer junto com a paralisia. São sonhos, visões.

Na narcolepsia a pessoa pode adormecer em meio a alguma atividade e, nesses momentos, acontecem comportamentos automáticos sem que a pessoa lembre. Sono fragmentado é característico e leva alguns pacientes a pensar que sua sonolência deve-se à noite mal dormida e a tomar hipnóticos.

Na polissonografia demonstra-se os problemas do sono REM. A latência ao REM que deve ser de 90 minutos será na narcolepsia de menos de 20 minutos.

A causa da narcolepsia é a deficiência de neurônios que produzem hipocretina no hipotálamo. Aparentemente, fenômenos inflamatórios causam a destruição da fina camada desses neurônios fundamentais para a manutenção da vigília.

Fonte: www.sono.com.br

Distúrbios I

Insônia
Insônia pode ser tanto a dificuldade de iniciar como de manter o sono ou mesmo a percepção de sono não-reparador. O número de horas de sono pode não estar reduzido, mas a maioria dos insones sente fadiga, cansaço fácil, ardência nos olhos, irritabilidade, ansiedade, fobias, incapacidade de concentrar-se, dificuldades de atenção e memória, mal-estar e sonolência (teste sua sonolência).

Para alguns especialistas, o diagnóstico de insônia requer a existência dessas perturbações do bem-estar no dia seguinte, além da dificuldade com o sono. Surpreendentemente, porém, alguns pacientes que relatam passar a noite em claro, dizem-se bem dispostos de dia. Esses são classificados como insones “paradoxais”.

Tratamento
Uma vez que a insônia é um distúrbio complexo e multifacetado seu tratamento pode exigir múltiplas abordagens. Para as insônias transitórias, que duram um ou dois dias, a solução mais prática são os hipnóticos por até quatro semanas.

A busca de hipnóticos é tão antiga como a medicina. O deus da medicina aparece em baixos-relevos do século IV AC com um ramo de papoulas na mão. Chás e infusões de ópio foram usados para induzir o sono até recentemente. A morfina deriva seu nome de Morfeu, o deus do sono. Atualmente, o uso de hipnóticos tornou-se bastante seguro mas mesmo quando havia riscos, esses nunca afastaram os pacientes da tentação do sono instantâneo.

Os laboratórios do sono procuram estabelecer –por meio da história clínica e, às vezes, da polissonografia– as causas da insônia e instituir tratamentos capazes de corrigi-las. Em grande percentagem de casos a solução pode ser permanente.

Fonte: www.sono.com.br

Dicas de Saúde

Relógios Internos
Respeite os relógios internos
Pessoas vivendo algum tempo em cavernas, sem nenhuma comunicação com o exterior, apresentam ritmos variados de sono e vigília. Na maioria dos casos, seus ciclos são de 24 a 28 horas, mas em alguns, pode alcançar até 50 horas. Na vida diária não ocorrem estas variações, pois, além do sol, existem indicadores de tempo, como a hora de comer, de trabalhar e de dormir, ditadas pelo relógio social, que forçam o organismo a seguir horários. Algumas pessoas podem perder-se destes indicadores e passar a apresentar doenças. Aposentados que moram sozinhos são um exemplo.

Sabe-se que as pessoas com ciclos maiores que 24 horas podem sofrer mais ansiedade e ter dificuldades em levar uma vida normal. Estão se tornando conhecidos os problemas que sofrem os trabalhadores que fazem trocas de turnos e pessoas sem rotina. Acabam perdendo seus indicadores de tempo e desenvolvendo insônia e desadaptação de difícil tratamento.

Para evitar problemas, siga esses conselhos:

Durma apenas o necessário para sentir-se recuperado
O hábito de ficar na cama pela manhã, tentando dormir mais um pouco, pode criar dificuldade para adormecer na noite seguinte. Cortar um pouco o tempo na cama ajuda a solidificar o sono.

Cochile, se necessário
Pequenos cochilos de 10 a 15 minutos, nos momentos de maior sonolência do dia, podem ser benéficos e até recomendados em algumas situações. Longas sestas, entretanto, são úteis apenas para quem dorme pouco à noite, por necessidade. Quase sempre são prejudiciais para quem sofre de insônia.

Tenha horário regular para levantar sete dias por semana
O uso de um despertador com horário regular para levantar é o modo mais eficiente de forçar o surgimento de horários regulares de adormecer e com isso evitar o surgimento de insônia.

Não se exponha a luz forte se acordar no meio da noite
A luz intensa pode fazer o cérebro pensar que já é dia e desregrar os relógios internos. Se acordar para ir ao banheiro acenda o mínimo de luzes.

Fonte: www.sono.com.br

Higiene do Sono

Prevenir é a palavra de ordem da medicina atual. A maioria dos adolescentes têm um sono tão bom que nos faz crer que para dormir basta atirar-se a qualquer hora em qualquer sofá. Após os 35 anos, porém, o sono vai se tornando frágil e passa a exigir mais cuidados.

As regras de higiene do sono são para ajudar você a obter o máximo benefício de suas horas de sono. Infelizmente elas não funcionam para todos, principalmente para quem está nos extremos de idade ou sofrendo de distúrbio do sono ou problema de saúde. Se elas não funcionarem para você, procure as páginas sobre insônia e sonolência, veja se tem distúrbio do sono e faça os testes para tentar chegar ao seu diagnóstico. Anote tudo sobre seu sono em um diário do sono e converse com seu médico.

A falta de higiene do sono é incompatível com a manutenção de sono de boa qualidade e alerta completo diurno. A queixa de quem cuida mal do sono pode ser tanto de insônia como de sonolência excessiva.

Alguns maus hábitos são:

Horários variáveis de deitar e levantar
Permanecer períodos freqüentes e longos na cama
Uso rotineiro de produtos contendo álcool, tabaco ou cafeína antes de deitar
Exercícios próximos da hora de deitar
Envolver-se em atividades excitantes ou emocionalmente perturbadoras muito próximo da hora de deitar
Uso freqüente da cama para atividades como assistir televisão, ler, estudar, comer
Dormir em cama desconfortável, colchão de má qualidade, cobertas inadequadas, etc
Permitir que o quarto de dormir seja excessivamente iluminado, abafado, desordenado, quente, frio ou que, de alguma forma, não convide ao sono
Desempenhar atividades que exijam alto nível de concentração imediatamente antes de deitar
Permitir que ocorram na cama atividades mentais como pensar, planejar, relembrar, etc
Os estudos em Laboratórios do Sono permitiram separar os fatos com base científica das opiniões que eram simples mitos. Alguns conselhos você não pode deixar de conhecer.Hoje está claro que o sono não é apenas um desligamento do cérebro para seu descanso mas sim um estado ativo, cíclico, complexo e mutável com profundas repercussões sobre o funcionamento do corpo e da mente na vigília do dia seguinte. O sono não é diferente do exercício ou de outros estados da vida. Exige uma preparação, ambiente adequado e a mente livre de preocupações.

Fonte: www.sono.com.br

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