domingo, 28 de novembro de 2010

Aparelho Oral

Uma alternativa para o tratamento do ronco e da Apnéia Obstrutiva de leve e moderada intensidade. O ronco que afeta uma grande parcela de indivíduos em nossa sociedade criando problemas sociais e incômodo a outras pessoas, pode ser prenúncio de um sério problema médico. Nem todo roncador tem problema de apnéia, porém, quase todo indivíduo que tem apnéia é roncador. Conseqüentemente, o roncador pode estar escondendo uma importante apnéia.

O tratamento com aparelho oral é feito por um dentista especialista, habilitado à manusear aparelhos orais para tratamento do ronco ou da Apnéia Obstrutiva. Após o exame do paciente avaliando a oclusão dentária, ATM (Articulação Temporo - Mandibular), hábito intra-oral, dentes, tecido periodontal etc, o dentista solicita radiografias panorâmicas e cefalométricas em três posições e modelos, definindo assim, qual o tipo de aparelho oral a ser indicado: reposicionador mandibular, retentor lingual ou outras modalidades de aparelho.

O aparelho oral é confortável feito de uma resina termo-elástica com um expansor metálico que permite o movimento lateral, vertical e reposicionamento protusivo da mandíbula, progressivamente até a eliminação do ronco ou da Apnéia Obstrutiva.

O paciente dormirá todas as noites com o aparelho, ficando sob assistência do dentista.

O aparelho oral reposicionador mandibular ou retentor lingual vem sendo usado no Canadá e nos Estados Unidos, desde 1987, para o tratamento do ronco ou Apnéia Obstrutiva leve ou moderada. Para o roncador o aparelho tem uma eficácia de até 95% e para o apnéico de leve a moderada intensidade de até 80%. Porém, o aparelho reposicionador mandibular ou retentor lingual só deve ser colocado por profissional treinado, capacitado e por indicação médica após a polissonografia e o diagnóstico da referida doença.

A indicação cirúrgica representa a terceira modalidade de tratamento. A traqueotomia foi inicialmente utilizada, tendo sido abandonada por suas complicações, efeitos colaterais e o surgimento de outras técnicas cirúrgicas. A uvopalatofaringoplastia é geralmente utilizada em pacientes com obstrução a nível da orofaringe, podendo ser realizada por cirurgia convencional, a raio lazer ou, mais recentemente, por ondas de rádio freqüência que é uma forma de energia térmica de alta voltagem. Outras modalidades de cirurgia são também indicadas em menor freqüência tais como: cirurgia maxilofacial com miotomia e suspensão do hióide na obstrução a nível da base da língua, osteotomia mandibular com avanço do genioglosso na obstrução a nível retroglossal; glossectomia na vigência de macroglossia; osteotomia mandibular e maxilar associada a tratamento ortodôntico entre outras.

Em alguns casos o tratamento deverá ser modificado na dificuldade da adaptação ou aceitação pelo paciente ou distintas modalidades terapêuticas poderão ser conjugadas ou associadas.

Fonte:http://www.clinar.com.br/tratamentos.htm

Dispositivo intra-oral palatino de contenção da postura lingual para o tratamento da apnéia obstrutiva do sono e do ronco

Dispositivo intra-oral palatino de contenção da postura lingual para o tratamento da apnéia obstrutiva do sono e do ronco". Compreende a presente patente de invenção a um dispositivo intra-oral (sera), que limita a posição da língua na cavidade oral, sem contudo impedir a deglutição vazia e a mudança de tônus dos músculos na dinâmica mandibular, além de ser totalmente reversível, leve, confortável e removível. Sendo o dispositivo (1), confeccionado a partir de modelos da arcada dentária, modelado, independentemente da forma de obtenção, como uma fina placa resistente e removível, situada entre as faces internas da região correspondente aos dentes posteriores, que atravessa transversalmente a referida região, fixada através de grampos (2), arcos (3), etc, em estruturas naturais ou artificiais, com ou sem os dentes naturais, conservando uma distância de aproximadamente 3 mm entre a placa e os palatos duro e/ou mole e com uma abertura ou furo na região anterior interna da boca, de modo a permitir a passagem do ar.

Fonte:http://www.patentesonline.com.br/dispositivo-intra-oral-palatino-de-contencao-da-postura-lingual-para-o-tratamento-77844.html

Aparelho intra-oral

A apnéia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada como uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta morbidade e mortalidade cardiovascular, sendo causada pela obstrução dinâmica repetitiva da via aérea superior (VAS). As repercussões geram necessidade de tratamento. Dentre os tratamentos disponíveis e com efetividade comprovada, há a opção de uso dos aparelhos intraorais. Neste estudo, avaliou-se a eficácia de um tipo de aparelho intraoral (AIO) monobloco, assim como suas complicações e intercorrências em longo prazo, em hospital de ensino. MÉTODOS: 20 pacientes participaram do presente estudo. Foram incluídos pacientes com diagnóstico polissonográfico prévio de AOS leve ou moderada (5 >IAH< 30), com idade até 60 anos, e não obesos. O critério de exclusão foi para pacientes em uso de medicamentos psicotrópicos, não condição oral para suporte do AIO e IMC e idade acima do proposto. Após 60 dias de uso do AIO realizou-se nova polissonografia (PSG), e acompanhamento pelo questionário RDC/TMD e ficha clínica EDOF/HC basal, 60 e 180 dias. RESULTADOS: Dentre os 20 pacientes, 11 eram do sexo masculino e nove do sexo feminino, com média de idade de 51 anos, e a média do IMC foi de 27,76. O índice de apnéia e hipopnéia (IAH) apresentou decréscimo de 19,23 para 7,51 eventos/hora de sono (p= 0,001). O eixo I e II do RDC/TMD não apresentou alterações significativas nos três momentos avaliados, porém o eixo II mostrou que os pacientes desta amostra apresentam maior grau de sintomas físicos e depressivos do que o padrão. CONCLUSÕES: No período estudado houve redução significativa do índice de apnéia e hipopnéia com o uso do aparelho intra-oral monobloco e foi eficaz total ou parcialmente no tratamento de 80% dos pacientes. As complicações não foram homogêneas e mostraram-se transitórias.

Fonte:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-03052010-164230/pt-br.php

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Distúrbios do Sono

Apnéia do sono

O que é apnéia do sono?

A apnéia do sono é uma doença grave e progressiva. Pode provocar pressão alta, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, derrame cerebral, além de aumentar em sete vezes o risco de acidente de trânsito. Considerada problema de saúde pública, a apnéia está classificada entre as doenças que mais matam no mundo. A hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem do problema. No Brasil, a apnéia afeta 8,5 milhões de pessoas ou 5% da população.
Caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, a apnéia pode interromper a respiração por até 40 segundos. O indivíduo tem pequenos despertares que interrompem o sono, prejudicando o descanso.

Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença são os roncos e a sonolência diurna. Em muitos casos, o paciente não percebe esses sintomas. A sonolência diurna ocorre devido a vários episódios de apnéia que levam o paciente a acordar. A fragmentação do sono impede que o mesmo progrida para as fases mais profundas, onde o descanso é maior.
Outros sintomas da apnéia
•Acordar com sensação de sufocamento;
•Acordar com dor no peito ou desconforto;
•Acordar pela manhã com a boca seca ou dor de garganta;
•Dor de cabeça ao acordar;
•Irritabilidade;
•Dificuldade de concentração;
•Problemas de memória;
•Impotência sexual;

Tipos de apnéia
Na verdade existem dois tipos de apnéia do sono, a causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central - a Apnéia Central - e aquela mais comum em todo o mundo - a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono - causada principalmente pela obesidade (a gordura fecha o canal da faringe), mas também por problemas anatômicos específicos, como hipertrofia de amígdala e/ou adenóides (tamanho exagerado da amígdala e/ou adenóides - especície de amígdala faríngea, atrás do nariz). A Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono atinge em sua maior parte homens, sobretudo obesos e mulheres após a menopausa, porém, também pode ser de origem hereditária, atingindo inclusive crianças.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da apnéia é feito através de um exame chamado polissonografia, realizado no laboratório do sono. Durante o exame, todos os aspectos do sono são monitorados.
Existem vários tipos de tratamento eficazes. Além do cirúrgico, pode ser usado um aparelho intra-oral ou o CPAP – aparelho que auxilia a respiração durante o sono. O último é parecido com uma máscara de inalação que injeta ar evitando ronco e eliminando a apnéia do sono. O tratamento de apnéia do sono com aparelhos intra-orais tem registrado bons resultados e grande aceitação. Os aparelhos são confeccionados de modo a posicionar a mandíbula mais para frente, permitindo que a passagem do ar na garganta fique desobstruída.

Existe tratamento?
Sim. O tratamento vai depender dos sintomas e de sua gravidade. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas. Perda de peso, no caso de pacientes obesos, e evitar dormir na de barriga para cima são outras recomendações.

Cirurgia uvulopalatofaringoplastia
O tratamento cirúrgico está sempre indicado para a remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultem a passagem de ar.
Chamada de uvulopalatofaringoplastia, a cirurgia remove o excesso de tecido na parte posterior da garganta. Este tecido pode ser o causador do bloqueio das vias respiratórias durante o sono.
A eficiência do resultado cirúrgico é avaliada através da polissonografia, que é realizada no pré e pós-operatório.
A primeira intervenção cirúrgica desenvolvida para a síndrome foi descrita por Fujita em 1981, quando realizada isoladamente, leva à melhora em 87% dos casos, considerando-se como critério de melhora a redução de 50% do número de apnéias e hipopnéias.

Indicação da uvulopalatofaringoplastia
Se você tem apnéia do sono e não teve sucesso no tratamento ou não tolera o CPAP ou outro tratamento alternativo.
Se você tem saúde suficiente para passar por um procedimento cirúrgico.
A cirurgia é indicada para tratar apnéia do sono em casos de anormalidades anatômicas que contribuem para a apnéia do sono.




Como e o tratamento da apnéia com CPAP?

O aparelho CPAP é semelhante a uma máscara de inalação que auxilia a respiração durante o sono. A pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é o tratamento mais eficaz e com maior comprovação científica para a síndrome da apnéia obstrutiva do sono. A máscara de silicone possui uma ventoinha blindada e é acomodada no nariz gerando uma pressão positiva transmitida à faringe que se abre para a passagem do ar.
Indicado para tratar apnéia pela primeira vez em 1981, o CPAP tornou-se um termo conhecido na década de 90.
Antes de começar a utilizar o CPAP é preciso ajustar o aparelho e isso só deve ser feito durante a polissonografia. A medida visa quantificar ou titular a menor pressão que mantenha a passagem de ar, com o paciente dormindo em todos os estágios. Na maioria dos casos, pressões baixas e confortáveis, entre 5 e 10 cmH2O, são suficientes para impedir o ronco e o fechamento da via aérea superior durante o sono.
O CPAP resolve a apnéia se for usado no tempo total de sono. O paciente que usa a máscara por algumas horas, quatro dias por semana, torna-se assintomático, mas continua exposto a riscos que ainda não foram quantificados. O tratamento correto afasta o risco de problemas cardiovasculares, melhora o ronco e a pressão arterial.
A escolha do CPAP
- Ao escolher o aparelho discuta com o médico, já que algumas características do equipamento devem ser levadas em conta:
• tipo de corrente elétrica que o aparelho utiliza
• consumo de energia elétrica
• capacidade de funcionar com bateria
• presença de umidificador
• tamanho do aparelho e o barulho que produz
• presença de monitores que registram, entre outros parâmetros, a ocorrência de apnéia
• capacidade de se ajustar a diferentes altitudes
• preço
-O uso de uma máscara adequada e confortável auxilia para o sucesso do tratamento.
-O tamanho da máscara deve ser adequado às suas características faciais.
- Não há necessidade que a máscara seja da mesma marca do fabricante do aparelho de CPAP.
- Você pode escolher entre dois tipos de máscara: nasal (envolve somente o nariz) ou a facial (envolve o nariz e a boca).
- Se optar pela máscara nasal é importante saber que a respiração, durante a noite, deverá ser feita exclusivamente pelo nariz, com a boca fechada

Como funciona o tratamento com o aparelho intra-oral?

Conhecidos como posicionadores mandibulares, os aparelhos intra-orais conseguem auxiliar nos casos considerados leves ou moderados. São usados como coadjuvantes da terapia para o ronco e apnéia ou, ainda, quando os demais tratamentos convencionais não apresentam bons resultados.
Os posicionadores mandibulares trabalham pelo avanço mandibular, afastando e tencionado os tecidos da garganta e aumentando a tonacidade da musculatura da região. Desse modo, impedem que os tecidos da orofaringe colapsem, causando a apnéia. Os aparelhos também devem estabilizar a mandíbula impedindo que ela “caia” durante à noite, o que faz com que a língua se posicione posteriormente, invadindo o espaço aéreo.


Recomendações para pacientes com apnéia


*perder peso

*evitar álcool

*evitar dormir de costas (barriga para cima)

*evitar refeições pesadas antes de dormir

*evitar bebidas cafeinadas no mínimo quatro horas antes de dormir (chá, café, chocolate)

*Não fumar

*evitar comer no meio da noite

*evitar privação de sono

*procurar manter um horário constante para dormir e acordar

*controlar infecções, inflamações, principalmente das vias aéreas

Fonte: http://www.institutodosono.com.br/ver_disturbios.asp?id=2

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que é a apnéia obstrutiva do sono?

Apnéia é uma interrupção da respiração durante o sono por pelo menos 10 segundos. É muito comum ser relatada por alguém que durma ao lado da pessoa. A pessoa que vê a outra em apnéia descreve que a pessoa repentinamente para de respirar e acorda assustada. Esse susto é a reação do sistema nervoso central à falta de oxigênio no cérebro. O típico paciente com a síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é um homem, com pressão alta, acima do peso, mais de 40 anos e, em geral, uma grande circunferência do pescoço. O fator de risco mais importante é, sem dúvida, a obesidade. O que acontece na obesidade é uma redução do “espaço aberto” da orofaringe devido à deposição de gordura ao seu redor e alterações no centro respiratório. Estudos epidemiológicos mostram que a SAOS é prevalente na população, e frequentemente não é diagnosticada. Mais de 10% da população com idade superior a 65 anos apresenta apnéia obstrutiva do sono. Embora menos comum, as crianças também podem apresentar apnéia do sono. Geralmente os grandes roncadores tendem a desenvolver apnéia, por motivos que veremos a seguir. Nem sempre as pessoas que desenvolvem apnéia são obesas. Características anatômicas do queixo e da mandíbula podem causar a apnéia em algumas pessoas.
Como acontece a apnéia obstrutiva do sono?

Durante o sono, há uma redução do tônus da musculatura da garganta que, mesmo em pessoas normais, provoca uma redução do espaço para a passagem de ar e aumento da resistência das vias aéreas.

A apnéia obstrutiva do ano acontece em conseqüência de um estreitamento ou colapso da via aérea superior(faringe) em um ou mais pontos durante o sono. Quando as estruturas da garganta são grandes demais, ou os músculos relaxam demais durante o sono, ou há diminuição do espaço pra passagem de ar (obesidade), a passagem de ar pode ser parcialmente bloqueada. Se o ar ainda consegue ultrapassar esse bloqueio, ocorre uma vibração das estruturas da garganta, o que produz o som característico do ronco, que é tão pior quanto maior for o bloqueio à passagem do ar. Se houver um bloqueio completo da passagem do ar, ocorre a apnéia, e o ar não consegue chegar aos pulmões. Como são os pulmões os locais de troca gasosa e oxigenação do sangue, se não chega ar novo aos pulmões, não há troca gasosa. Começa a ocorrer então uma hipoxemia (redução de oxigênio) e hipercapnia (aumento de gás carbônico). O cérebro então manda uma mensagem ao corpo pra que ele acorde, e por este motivo o paciente passa a apresentar repetidos despertares durante o sono, o que torna o sono superficial e também fragmentado.

Quais são as causas da apnéia obstrutiva do sono?

Todas as causas provocam um estreitamento ou oclusão da passagem de ar através das vias aéreas superiores. Podemos citar como mais comuns:

* Obesidade.
* Aumento do tamanho das amígdalas.
* Alterações na estrutura craniofacial, como micrognatia, síndrome de Down, acromegalia, etc.
* Uso de álcool, que causa um maior relaxamento da musculatura faríngea.
* Tabagismo, que causa um edema (inchaço) das vias aéreas.
* Tumores nas vias aéreas superiores.
* Hipotireoidismo.
* Refluxo gastroesofágico.
* Falta de coordenação dos músculos respiratórios.

Quais são os sinais e sintomas sugestivos da síndrome da apnéia obstrutiva do sono?

* Roncos
* Apnéia presenciada por alguém
* A pessoa pode referir “crises de pânico noturno” ou “acordar com sensação de afogamento”.
* Obesidade
* Hipertensão
* Sonolência diurna excessiva
* História familiar de apnéia do sono
* Sono que não faz a pessoa descansar
* Diminuição da memória e/ou atenção
* Alterações de comportamento
* Dor de cabeça pela manhã

Quais são as conseqüências da apnéia obstrutiva do sono?

A repetição dos eventos citados pode levar a uma série de complicações. Os freqüentes despertares, muitas vezes curtos e nem percebidos pelos pacientes, alteram o sono normal e podem reduzir o sono de ondas lentas, que é considerado o período mais reparador do sono e acontece principalmente durante a primeira metade na noite. As conseqüências disso são: sonolência diurna excessiva, cansaço, dificuldade de permanecer acordado durante atividades em que não se exige um esforço físico, pior performance em testes neuropsicológicos, irritabilidade, redução da qualidade de vida, depressão, redução da libido, e dor de cabeça pela manhã. Muitas pessoas com apnéia morrem por acidentes automobilísticos ou sofrem, durante suas vidas, por algum acidente ocupacional. Além disso, o paciente pode apresentar conseqüências cardiovasculares, porque o coração também sofre com a falta de oxigenação. As conseqüências cardiovasculares mais comuns são aumento da pressão arterial, o que gera hipertensão, arritmias cardíacas, doença coronária, infarto e acidentes vasculares encefálicos (mais conhecidos como acidentes vasculares cerebrais, AVCs). Além disso, algumas doenças como o mal de Parkinson, por exemplo, aparecem mais cedo nos apnéicos.
Como é feito o diagnóstico da apnéia do sono?

O diagnóstico da SAOS é baseado em características clínicas e na evidência de distúrbio do sono em monitorização, que é essencial para o diagnóstico. Essa monitorização é feita através de um exame chamado polissonografia, que é o melhor método para o estudo do sono. Este exame permite avaliar a atividade elétrica cerebral, a movimentação ocular, o padrão dos batimentos cardíacos, o esforço respiratório, o movimento da pernas, a saturação de oxigênio no sangue, a quantidade de sono, sua eficiência, distribuição e duração de seus estágios, a fragmentação do sono, distúrbios respiratórios associados, além de outros parâmetros.
Como é o tratamento da apnéia do sono?

Para decidir sobre o tratamento, o médico considera os sintomas associados e as conseqüências cardiopulmonares, não apenas o número absoluto de apnéias (interrupção da respiração durante o sono por pelo menos 10 segundos) e hipopnéias (redução do fluxo aéreo de pelo menos 50% ou redução menor que 50% associada a uma queda do nível de oxigênio no sangue ou evidência de despertar na polissonografia). O objetivo do tratamento é estabilizar a ventilação e a oxigenação durante a noite, abolir o ronco e corrigir o sono fragmentado. Todos os pacientes são orientados a mudar hábitos que facilitem a obstrução das vias aéreas, da seguinte forma:

* Dormir de 7-8 horas por noite, e não virar noites em claro.
* Não usar álcool e outras drogas, como sedativos e hipnóticos.
* Os pacientes obesos devem perder peso.
* Evitar dormir de barriga para cima, preferir a posição lateral.

O que é a apnéia obstrutiva do sono? O tratamento de escolha é o uso de máscara (CPAP) conectada a um compressor de ar que faz uma pressão positiva na via aérea, forçando a passagem do ar através das vias aéreas. O tratamento com CPAP é efetivo na abolição da apnéia, dessaturações, melhora da sonolência e cansaço, melhora os níveis de pressão arterial e da disfunção cardíaca. A aderência dos pacientes ao tratamento com a CPAP ainda é o maior problema. De 30 a 50% dos pacientes não adere ao uso da máscara.

Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), o tratamento cirúrgico está indicado para pacientes que apresentem alterações anatômicas específicas, corrigíveis cirurgicamente, desde que essas alterações sejam a causa da apnéia, e em casos de falha no tratamento com a CPAP em pacientes que tenham condições de serem submetidos a uma cirurgia. As cirurgias mais indicadas são a uvulopalatofaringoplastia, que consiste na resecção da úvula, partes do palato mole e amígdalas, as cirurgias maxilofaciais e a traqueostomia, em último caso. Outras opções são os dispositivos orais, que possibilitam o avanço da mandíbula e a sustentação da língua, indicados para pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono leve que não responderam às terapias comportamentais (como perda de peso ou mudança de posição ao dormir).

Referências

* Clínica Médica – dos Sinais e Sintomas ao Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. São Paulo: Manole, 2007, v. , p. 388-397.
* Apnéia do sono
* Orientações para dormir bem
* RONCO

Fonte: http://bluelogs.net/drexplica/artigos/o-que-e-a-apneia-obstrutiva-do-sono/

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