Apnéia do sono
O que é apnéia do sono?
A apnéia do sono é uma doença grave e progressiva. Pode provocar pressão alta, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, derrame cerebral, além de aumentar em sete vezes o risco de acidente de trânsito. Considerada problema de saúde pública, a apnéia está classificada entre as doenças que mais matam no mundo. A hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem do problema. No Brasil, a apnéia afeta 8,5 milhões de pessoas ou 5% da população.
Caracterizada pelo fechamento repetitivo da passagem do ar pela garganta durante o sono, a apnéia pode interromper a respiração por até 40 segundos. O indivíduo tem pequenos despertares que interrompem o sono, prejudicando o descanso.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da doença são os roncos e a sonolência diurna. Em muitos casos, o paciente não percebe esses sintomas. A sonolência diurna ocorre devido a vários episódios de apnéia que levam o paciente a acordar. A fragmentação do sono impede que o mesmo progrida para as fases mais profundas, onde o descanso é maior.
Outros sintomas da apnéia
•Acordar com sensação de sufocamento;
•Acordar com dor no peito ou desconforto;
•Acordar pela manhã com a boca seca ou dor de garganta;
•Dor de cabeça ao acordar;
•Irritabilidade;
•Dificuldade de concentração;
•Problemas de memória;
•Impotência sexual;
Tipos de apnéia
Na verdade existem dois tipos de apnéia do sono, a causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central - a Apnéia Central - e aquela mais comum em todo o mundo - a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono - causada principalmente pela obesidade (a gordura fecha o canal da faringe), mas também por problemas anatômicos específicos, como hipertrofia de amígdala e/ou adenóides (tamanho exagerado da amígdala e/ou adenóides - especície de amígdala faríngea, atrás do nariz). A Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono atinge em sua maior parte homens, sobretudo obesos e mulheres após a menopausa, porém, também pode ser de origem hereditária, atingindo inclusive crianças.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da apnéia é feito através de um exame chamado polissonografia, realizado no laboratório do sono. Durante o exame, todos os aspectos do sono são monitorados.
Existem vários tipos de tratamento eficazes. Além do cirúrgico, pode ser usado um aparelho intra-oral ou o CPAP – aparelho que auxilia a respiração durante o sono. O último é parecido com uma máscara de inalação que injeta ar evitando ronco e eliminando a apnéia do sono. O tratamento de apnéia do sono com aparelhos intra-orais tem registrado bons resultados e grande aceitação. Os aparelhos são confeccionados de modo a posicionar a mandíbula mais para frente, permitindo que a passagem do ar na garganta fique desobstruída.
Existe tratamento?
Sim. O tratamento vai depender dos sintomas e de sua gravidade. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas. Perda de peso, no caso de pacientes obesos, e evitar dormir na de barriga para cima são outras recomendações.
Cirurgia uvulopalatofaringoplastia
O tratamento cirúrgico está sempre indicado para a remoção de obstáculos e correção de distúrbios anatômicos que dificultem a passagem de ar.
Chamada de uvulopalatofaringoplastia, a cirurgia remove o excesso de tecido na parte posterior da garganta. Este tecido pode ser o causador do bloqueio das vias respiratórias durante o sono.
A eficiência do resultado cirúrgico é avaliada através da polissonografia, que é realizada no pré e pós-operatório.
A primeira intervenção cirúrgica desenvolvida para a síndrome foi descrita por Fujita em 1981, quando realizada isoladamente, leva à melhora em 87% dos casos, considerando-se como critério de melhora a redução de 50% do número de apnéias e hipopnéias.
Indicação da uvulopalatofaringoplastia
Se você tem apnéia do sono e não teve sucesso no tratamento ou não tolera o CPAP ou outro tratamento alternativo.
Se você tem saúde suficiente para passar por um procedimento cirúrgico.
A cirurgia é indicada para tratar apnéia do sono em casos de anormalidades anatômicas que contribuem para a apnéia do sono.
Como e o tratamento da apnéia com CPAP?
O aparelho CPAP é semelhante a uma máscara de inalação que auxilia a respiração durante o sono. A pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é o tratamento mais eficaz e com maior comprovação científica para a síndrome da apnéia obstrutiva do sono. A máscara de silicone possui uma ventoinha blindada e é acomodada no nariz gerando uma pressão positiva transmitida à faringe que se abre para a passagem do ar.
Indicado para tratar apnéia pela primeira vez em 1981, o CPAP tornou-se um termo conhecido na década de 90.
Antes de começar a utilizar o CPAP é preciso ajustar o aparelho e isso só deve ser feito durante a polissonografia. A medida visa quantificar ou titular a menor pressão que mantenha a passagem de ar, com o paciente dormindo em todos os estágios. Na maioria dos casos, pressões baixas e confortáveis, entre 5 e 10 cmH2O, são suficientes para impedir o ronco e o fechamento da via aérea superior durante o sono.
O CPAP resolve a apnéia se for usado no tempo total de sono. O paciente que usa a máscara por algumas horas, quatro dias por semana, torna-se assintomático, mas continua exposto a riscos que ainda não foram quantificados. O tratamento correto afasta o risco de problemas cardiovasculares, melhora o ronco e a pressão arterial.
A escolha do CPAP
- Ao escolher o aparelho discuta com o médico, já que algumas características do equipamento devem ser levadas em conta:
• tipo de corrente elétrica que o aparelho utiliza
• consumo de energia elétrica
• capacidade de funcionar com bateria
• presença de umidificador
• tamanho do aparelho e o barulho que produz
• presença de monitores que registram, entre outros parâmetros, a ocorrência de apnéia
• capacidade de se ajustar a diferentes altitudes
• preço
-O uso de uma máscara adequada e confortável auxilia para o sucesso do tratamento.
-O tamanho da máscara deve ser adequado às suas características faciais.
- Não há necessidade que a máscara seja da mesma marca do fabricante do aparelho de CPAP.
- Você pode escolher entre dois tipos de máscara: nasal (envolve somente o nariz) ou a facial (envolve o nariz e a boca).
- Se optar pela máscara nasal é importante saber que a respiração, durante a noite, deverá ser feita exclusivamente pelo nariz, com a boca fechada
Como funciona o tratamento com o aparelho intra-oral?
Conhecidos como posicionadores mandibulares, os aparelhos intra-orais conseguem auxiliar nos casos considerados leves ou moderados. São usados como coadjuvantes da terapia para o ronco e apnéia ou, ainda, quando os demais tratamentos convencionais não apresentam bons resultados.
Os posicionadores mandibulares trabalham pelo avanço mandibular, afastando e tencionado os tecidos da garganta e aumentando a tonacidade da musculatura da região. Desse modo, impedem que os tecidos da orofaringe colapsem, causando a apnéia. Os aparelhos também devem estabilizar a mandíbula impedindo que ela “caia” durante à noite, o que faz com que a língua se posicione posteriormente, invadindo o espaço aéreo.
Recomendações para pacientes com apnéia
*perder peso
*evitar álcool
*evitar dormir de costas (barriga para cima)
*evitar refeições pesadas antes de dormir
*evitar bebidas cafeinadas no mínimo quatro horas antes de dormir (chá, café, chocolate)
*Não fumar
*evitar comer no meio da noite
*evitar privação de sono
*procurar manter um horário constante para dormir e acordar
*controlar infecções, inflamações, principalmente das vias aéreas
Fonte: http://www.institutodosono.com.br/ver_disturbios.asp?id=2
Esse espaço foi criado com o objetivo de orientar pacientes que necessitam de informações sobre o tratamento do ronco e apnéia do sono com aparelhos orais.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
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