Esse espaço foi criado com o objetivo de orientar pacientes que necessitam de informações sobre o tratamento do ronco e apnéia do sono com aparelhos orais.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Apnéia do Sono
O termo apnéia refere-se à interrupção da respiração pela boca e/ou pelo nariz, por um período maior do que 10 segundos. Normalmente, durante o sono, ocorrem alguns episódios de apnéia, mas quando esses episódios são muito freqüentes e prolongados, a ponto de interferirem na qualidade do sono da pessoa, configura-se o quadro denominado Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).
Existem basicamente três tipos de apnéia:
Apnéia central: não ocorre entrada e nem saída de ar dos pulmões porque a pessoa não faz nenhum esforço para respirar.
Apnéia obstrutiva: a pessoa tenta respirar, mas não consegue porque alguma região da garganta está obstruída.
Apnéia mista: inicialmente a pessoa não faz esforço para respirar; depois, quando começa a tentar respirar, não consegue porque existe uma obstrução.
A SAOS é uma doença relativamente comum, atingindo cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens, na idade adulta. Muitas dessas pessoas são roncadoras, mas frequentemente não suspeitam da doença porque os sintomas são muito inespecíficos e poderiam ser explicados por outros problemas. A doença é crônica e progressiva e causa repercussões neurológicas e comportamentais. A associação com a obesidade é marcante.
Por que ocorre?
A SAOS é causada pelo fechamento anormal da via aérea, durante o sono. Os músculos que fazem parte da garganta auxiliam na fala e na alimentação, porém exercem também um papel fundamental na respiração, pois mantêm as vias aéreas superiores abertas e permitem a passagem do ar.
Se durante o sono esses músculos relaxam-se de maneira inadequada, ou se a garganta é muito estreita, o fluxo de ar é parcialmente obstruído. Esse fenômeno resulta no famoso ronco, e também em uma redução do fluxo de ar para os pulmões. Quando esse fechamento da via aérea é completo, ocorre a parada de todo o fluxo de ar, originando a apnéia obstrutiva.
Essas paradas na respiração fazem com que ocorram alterações na quantidade de oxigênio no sangue e com que a pessoa faça um esforço maior para respirar. O cérebro detecta esses problemas, e faz com que a pessoa acorde, o que leva à contração dos músculos da garganta, levando à sua abertura e permitindo o fluxo do ar. A pessoa volta a dormir rapidamente, e nem percebe que acordou. Ao dormir novamente, ocorre o mesmo processo de novo, e esse ciclo pode repetir-se por dezenas de vezes durante a noite. Todos esses fatores fazem com que a pessoa tenha um sono de má qualidade.
Nos indivíduos obesos, o peso da gordura do pescoço associa-se ao relaxamento da musculatura, favorecendo a ocorrência dos episódios de apnéia obstrutiva. Além disso, algumas drogas podem tornar esses episódios mais freqüentes e de maior duração: álcool; calmantes; anestésicos; narcóticos (morfina, codeína).
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da SAOS são os roncos e a sonolência diurna, porém muitos pacientes não percebem esses sintomas. A sonolência diurna é explicada porque os vários episódios de apnéia que levam o paciente a acordar fragmentam o sono e impede que o mesmo progrida para as fases mais profundas, aquelas nas quais o descanso é maior. Com isso, o sono do paciente não é reparador, fazendo com que ele sinta muito sono durante o dia.
Outros sintomas da síndrome são:
Acordar com sensação de sufocamento, ofegante;
Acordar com dor no peito ou desconforto;
Acordar pela manhã com a boca seca ou dor de garganta;
Acordar confuso;
Dor de cabeça ao acordar;
Alterações da personalidade;
Dificuldade de concentração;
Problemas de memória;
Impotência sexual;
Acordar frequentemente durante a noite para urinar;
Suar muito durante a noite;
Irritabilidade.
Como é feito o diagnóstico?
O médico suspeita da doença frente ao relato dos sintomas acima descritos. É importante que o companheiro compareça à consulta, pois ele pode fornecer informações importantes sobre o sono do paciente. De posse de todas essas informações, o médico então solicita um exame chamado “Polissonografia”, que consiste na observação do sono do paciente.
A polissonografia avalia os seguintes dados:
A quantidade de oxigênio no sangue, durante a noite;
A freqüência cardíaca e o eletrocardiograma;
O esforço que a pessoa faz para respirar e o fluxo de ar que entra para os pulmões;
A duração das várias fases do sono;
A posição na qual o paciente dorme;
O movimento das pernas durante o sono.
Esse exame permite o diagnóstico da SAOS.
Como é feito o tratamento?
O tratamento é definido especificamente em cada caso, pois vai depender dos sintomas e de sua gravidade, e também dos resultados da polissonografia. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas.
Entre os tratamentos não-cirúrgicos, podemos destacar:
1) Terapia Comportamental
Consiste em mudanças dos hábitos de vida, o que pode reduzir significativamente a gravidade da doença. É importante que o médico que acompanha o paciente, saiba que ele é portador da síndrome, de maneira a evitar a prescrição de medicamentos, indutores da ocorrência dos episódios de apnéia. Outro aspecto importante é que essas mudanças dos hábitos de vida não levam à cura da doença, e frequentemente outros tratamentos são necessários.
As medidas recomendadas incluem:
Perda de peso;
Evitar o consumo de álcool pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
Evitar medicamentos que favorecem a ocorrência da apnéia;
Dormir de lado, evitando dormir de barriga para cima;
Evitar o consumo de refeições pesadas antes de dormir;
Evitar fumar pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
Evitar ficar sem dormir;
Procurar manter horários regulares de dormir e acordar;
Elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15-20 cm .
2) Dispositivos de Ventilação
Esses dispositivos são representados pela chamada “Ventilação com pressão positiva contínua” (CPAP). Esses aparelhos mantêm uma pressão constante na via aérea, fazendo com que a garganta fique sempre aberta, durante o sono. São utilizados na forma de máscaras que se adaptam ao nariz e à boca. O aparelho deve ser usado sempre que o paciente for dormir, e é bem tolerado pelos pacientes, desde que a máscara adapte-se bem. A melhora do quadro é significativa e rápida.
3) Prótese Dentária
Funciona elevando a mandíbula e retendo a língua, durante o sono, evitando que a mesma “caia” e obstrua a garganta.
Quanto ao tratamento cirúrgico, a traqueostomia já foi indicada como de primeira escolha. Ela consiste na realização de uma abertura na traquéia, na região anterior do pescoço, comunicando a via aérea diretamente com o ar atmosférico. Porém, é um procedimento cirúrgico e apresenta riscos e complicações, de forma que atualmente é indicada apenas em casos mais graves e em pacientes selecionados. Outras técnicas de cirurgia podem ser utilizadas, dependendo do caso, devendo as opções ser discutidas com seu médico.
Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4893&ReturnCatID=487
Existem basicamente três tipos de apnéia:
Apnéia central: não ocorre entrada e nem saída de ar dos pulmões porque a pessoa não faz nenhum esforço para respirar.
Apnéia obstrutiva: a pessoa tenta respirar, mas não consegue porque alguma região da garganta está obstruída.
Apnéia mista: inicialmente a pessoa não faz esforço para respirar; depois, quando começa a tentar respirar, não consegue porque existe uma obstrução.
A SAOS é uma doença relativamente comum, atingindo cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens, na idade adulta. Muitas dessas pessoas são roncadoras, mas frequentemente não suspeitam da doença porque os sintomas são muito inespecíficos e poderiam ser explicados por outros problemas. A doença é crônica e progressiva e causa repercussões neurológicas e comportamentais. A associação com a obesidade é marcante.
Por que ocorre?
A SAOS é causada pelo fechamento anormal da via aérea, durante o sono. Os músculos que fazem parte da garganta auxiliam na fala e na alimentação, porém exercem também um papel fundamental na respiração, pois mantêm as vias aéreas superiores abertas e permitem a passagem do ar.
Se durante o sono esses músculos relaxam-se de maneira inadequada, ou se a garganta é muito estreita, o fluxo de ar é parcialmente obstruído. Esse fenômeno resulta no famoso ronco, e também em uma redução do fluxo de ar para os pulmões. Quando esse fechamento da via aérea é completo, ocorre a parada de todo o fluxo de ar, originando a apnéia obstrutiva.
Essas paradas na respiração fazem com que ocorram alterações na quantidade de oxigênio no sangue e com que a pessoa faça um esforço maior para respirar. O cérebro detecta esses problemas, e faz com que a pessoa acorde, o que leva à contração dos músculos da garganta, levando à sua abertura e permitindo o fluxo do ar. A pessoa volta a dormir rapidamente, e nem percebe que acordou. Ao dormir novamente, ocorre o mesmo processo de novo, e esse ciclo pode repetir-se por dezenas de vezes durante a noite. Todos esses fatores fazem com que a pessoa tenha um sono de má qualidade.
Nos indivíduos obesos, o peso da gordura do pescoço associa-se ao relaxamento da musculatura, favorecendo a ocorrência dos episódios de apnéia obstrutiva. Além disso, algumas drogas podem tornar esses episódios mais freqüentes e de maior duração: álcool; calmantes; anestésicos; narcóticos (morfina, codeína).
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas da SAOS são os roncos e a sonolência diurna, porém muitos pacientes não percebem esses sintomas. A sonolência diurna é explicada porque os vários episódios de apnéia que levam o paciente a acordar fragmentam o sono e impede que o mesmo progrida para as fases mais profundas, aquelas nas quais o descanso é maior. Com isso, o sono do paciente não é reparador, fazendo com que ele sinta muito sono durante o dia.
Outros sintomas da síndrome são:
Acordar com sensação de sufocamento, ofegante;
Acordar com dor no peito ou desconforto;
Acordar pela manhã com a boca seca ou dor de garganta;
Acordar confuso;
Dor de cabeça ao acordar;
Alterações da personalidade;
Dificuldade de concentração;
Problemas de memória;
Impotência sexual;
Acordar frequentemente durante a noite para urinar;
Suar muito durante a noite;
Irritabilidade.
Como é feito o diagnóstico?
O médico suspeita da doença frente ao relato dos sintomas acima descritos. É importante que o companheiro compareça à consulta, pois ele pode fornecer informações importantes sobre o sono do paciente. De posse de todas essas informações, o médico então solicita um exame chamado “Polissonografia”, que consiste na observação do sono do paciente.
A polissonografia avalia os seguintes dados:
A quantidade de oxigênio no sangue, durante a noite;
A freqüência cardíaca e o eletrocardiograma;
O esforço que a pessoa faz para respirar e o fluxo de ar que entra para os pulmões;
A duração das várias fases do sono;
A posição na qual o paciente dorme;
O movimento das pernas durante o sono.
Esse exame permite o diagnóstico da SAOS.
Como é feito o tratamento?
O tratamento é definido especificamente em cada caso, pois vai depender dos sintomas e de sua gravidade, e também dos resultados da polissonografia. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas.
Entre os tratamentos não-cirúrgicos, podemos destacar:
1) Terapia Comportamental
Consiste em mudanças dos hábitos de vida, o que pode reduzir significativamente a gravidade da doença. É importante que o médico que acompanha o paciente, saiba que ele é portador da síndrome, de maneira a evitar a prescrição de medicamentos, indutores da ocorrência dos episódios de apnéia. Outro aspecto importante é que essas mudanças dos hábitos de vida não levam à cura da doença, e frequentemente outros tratamentos são necessários.
As medidas recomendadas incluem:
Perda de peso;
Evitar o consumo de álcool pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
Evitar medicamentos que favorecem a ocorrência da apnéia;
Dormir de lado, evitando dormir de barriga para cima;
Evitar o consumo de refeições pesadas antes de dormir;
Evitar fumar pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
Evitar ficar sem dormir;
Procurar manter horários regulares de dormir e acordar;
Elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15-20 cm .
2) Dispositivos de Ventilação
Esses dispositivos são representados pela chamada “Ventilação com pressão positiva contínua” (CPAP). Esses aparelhos mantêm uma pressão constante na via aérea, fazendo com que a garganta fique sempre aberta, durante o sono. São utilizados na forma de máscaras que se adaptam ao nariz e à boca. O aparelho deve ser usado sempre que o paciente for dormir, e é bem tolerado pelos pacientes, desde que a máscara adapte-se bem. A melhora do quadro é significativa e rápida.
3) Prótese Dentária
Funciona elevando a mandíbula e retendo a língua, durante o sono, evitando que a mesma “caia” e obstrua a garganta.
Quanto ao tratamento cirúrgico, a traqueostomia já foi indicada como de primeira escolha. Ela consiste na realização de uma abertura na traquéia, na região anterior do pescoço, comunicando a via aérea diretamente com o ar atmosférico. Porém, é um procedimento cirúrgico e apresenta riscos e complicações, de forma que atualmente é indicada apenas em casos mais graves e em pacientes selecionados. Outras técnicas de cirurgia podem ser utilizadas, dependendo do caso, devendo as opções ser discutidas com seu médico.
Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4893&ReturnCatID=487
Esclarecimentos a respeito do ronco e apnéia do sono :
A apnéia do sono é um problema multifatorial, podendo ocorrer por causas diferentes. Geralmente o indivíduo que sofre de apnéia do sono não sabe que está tendo o problema, normalmente sendo necessária a participação de outra pessoa, quase sempre o cônjuge ou companheira, que observe os sinais e sintomas ( em que o ronco é o principal) durante à noite.
O ronco e a Síndrome da apnéia do sono (SAHOS) estão associados à diminuição do espaço aéreo superior, devido à redução do tônus muscular durante o sono, e consequentemente observa-se períodos de parada respiratória durante o sono, na presença de esforço inspiratório.
Diversas modalidades de tratamento vêm sendo tentadas para reduzir ou eliminar os efeitos da SAHOS dos tratamentos mais utilizados atualmente estão as cirurgias, o CPAP e o aparelho intra oral para avanço mandibular.
Este último, no qual me tornei especialista na área, tenho obtido excelentes resultados. Além de ser confortável, os pacientes tem boa tolerância ao uso e não abandonam o tratamento. Além do mais não são invasivos, produzem o efeito desejado, que é prevenir o colapso das vias aéreas e mantém os tecidos da região da faringe com adequada ventilação.
Os aparelhos orais estão se somando a mais um procedimento para quem tem o ronco e/ ou apnéia do sono, dando qualidade de via não só aos pacientes, mas aqueles que convivem com ele diariamente.
Gostaria de poder fazer uma divulgação sobre esse trabalho através da Unimed, empresa conceituada e preocupada em qualidade de vida aos seus cooperativistas.
Att,
Dra. Cynthia Coelho
O ronco e a Síndrome da apnéia do sono (SAHOS) estão associados à diminuição do espaço aéreo superior, devido à redução do tônus muscular durante o sono, e consequentemente observa-se períodos de parada respiratória durante o sono, na presença de esforço inspiratório.
Diversas modalidades de tratamento vêm sendo tentadas para reduzir ou eliminar os efeitos da SAHOS dos tratamentos mais utilizados atualmente estão as cirurgias, o CPAP e o aparelho intra oral para avanço mandibular.
Este último, no qual me tornei especialista na área, tenho obtido excelentes resultados. Além de ser confortável, os pacientes tem boa tolerância ao uso e não abandonam o tratamento. Além do mais não são invasivos, produzem o efeito desejado, que é prevenir o colapso das vias aéreas e mantém os tecidos da região da faringe com adequada ventilação.
Os aparelhos orais estão se somando a mais um procedimento para quem tem o ronco e/ ou apnéia do sono, dando qualidade de via não só aos pacientes, mas aqueles que convivem com ele diariamente.
Gostaria de poder fazer uma divulgação sobre esse trabalho através da Unimed, empresa conceituada e preocupada em qualidade de vida aos seus cooperativistas.
Att,
Dra. Cynthia Coelho
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