Apnéia do sono - Sono: este desconhecido...
estudioso meditando
Estudioso Meditando - Rembrandt
O ser humano passa aproximadamente 1/3 da sua vida dormindo. Entretanto, a natureza, a função e inclusive os acontecimentos que ocorrem durante o sono são, muitas vezes, desconhecidos. O sono não e um processo passivo, ao contrário, durante este sucedem, de um modo clínico, uma série de diferentes estágios caracterizados por padrões cardiorespiratórios e neurofisiológicos definidos. Para uma melhor compreensão do processo de sono, pode-se compará-lo ao uma descida em degraus de uma escada. Ao se fechar os olhos seria primeiro passo para fase 1 do sono. Nesta fase o corpo inicia a distensão muscular, a respiração torna-se uniforme e no eletroencefalograma observa-se uma atividade cerebral mais lenta do que no estado de vigília, aparecendo algumas ondas típicas denominadas "ondas agúdas do vértex". Após esta fase seguindo a descida em direção a fase 2, na qual as ondas cerebrais são mais lentas, aparecem ondas típicas tais como "fusos do sono" e "complexo K".
Registro Polissonográfico
Registro Polissonográfico
Posteriormente, continuando a descida para o sono mais profundo, aparece o sono delta ou fases 3 e 4, pois as ondas cerebrais são bastante lentas, necessitando assim de fortes estímulos acústicos ou táteis para o despertar. Este processo dura aproximadamente 60-70 minutos voltando-se novamente para a fase 2 para entrar em uma nova situação fisiológica denominada fase REM por se caracterizar pelos movimentos rápidos dos olhos (Rapid Eye Movement).
Em conjunto, estas quatro fases (1,2,3/4 e REM) denominam-se ciclo e possuem uma duração total de 90-100 minutos. Estes ciclos se repetem em 4 e 5 ocasiões durante a noite. Durante o sono ocerrem modificações fisiológicas no eletroencefalograma, eletromiograma, eletrooculograma, ritmo cardíaco, temperetura do corpo e outras que caracterizam distintamente cada etapa do sono.
A fase REM é aquela em que habitualmente se sonha e pode ser definida como uma fase de grande atividade cerebral e paralisia do corpo, pois ocorre uma atonia de todos os músculos do organismo, exceto do diafragma e dos músculos oculares. Nessa fase ocorrem também complexas modificações, tais como o inadequado controle da temperatura corporal e a diminuição das respostas ventilatórias a hipóxia e hipercapnia.
A fase não REM pode ser definada como um período de relativa tranquilidade cerebral e movimentos corporais. Para que o sono seja reparador, as distintas fases anteriormente descritas devem repetir-se clinicamente durante a noite. O sono profundo (fase 3/4) ocupa geralmente a primeira metade da noite enquanto o sono superficial (fase 1 e 2) e o sono REM predomina na segunda metade. Ao se despertar na fase REM frequentemente recorda-se dos sonhos. A progressão das distintas fases são assim ilustradas. A fase 1 ocupa entre 2 a 5% do total do sono. A fase 2, entre 45 e 50% e a fase 3/4, 18 a 25% do total do sono. Portanto, as fases 1, 2 e 3/4, também denominadas sono Não-REM, ocupa entre 75-80% do total do sono. O sono REM ocorre em aproximadamente 20 a 25% do total do sono.
FASE 1 OCUPA ENTRE 2 A 5% DO TOTAL DO SONO
FASE 2 OCUPA ENTRE 45 A 50% DO TOTAL DO SONO
FASE 3/4 OCUPA ENTRE 18 A 25% DO TOTAL DO SONO
FASE REM OCUPA ENTRE 20 A 25% DO TOTAL DO SONO
As necessidades de horas de sono são individualizadas, variando a cada noite e sendo influenciadas por diversos fatores que vão desde a idade até determinantes genéticas. Os recém-nascidos dormem aproximadamente 18 horas por dia, com pequenos períodos de vigília intercalados. Entre os 8 10 anos dorme-se em torno de 9-10 horas seguidas, sendo que os pré-adolescentes, 12-14 anos, são os que tem um sono de mais qualidade, pois passam grande parte do sono em fase 3/4
(sono profundo). Um adulto necessita geralmente de 7 a 8 horas, enquanto o ancião ou idoso dorme 6 horas ou menos e seu sono é predominantemente superficial, associado a múltiplos despertares.
Apesar de não se conhecer todos os fenômenos envolvidos no sono do ser humano, sabe-se que dormir e indispensável e fundamental para a homeostase do organismo. Ao se suprimir o sino de forma contínua, aparecem marcas e severas alterações orgânicas. A falta de sono dá lugar a um aumento da ansiedade, irritabilidade, diminuição da capacidade intelectual, perda de memória e reflexos, depressão e reações emocionais diversas. Ainda que se desconheça com exatidão as necessidades do sono, os limites estão entre 5-6 horas a 9-10 horas, apesar de que a maioria dos indivíduos necessita de 7-8 horas de sono. A única certeza é de que as necessidade são individuais. Parece ser que o importante e muito mais a qualidade - sono profundo sem interrupções - do que a quantidade - muitas horas na cama com um sono superficial e fragmentado.
Em detrimento dos recentes avanços realizados no estudo do sono no ser humano, muitos de seus aspectos são desconhecidos restando ainda um desfio a ser elucidado. É evidente, contudo, que o substrato bioquímico cerebral tem papel fundamental na gênese e desenvolvimento do sono e que numerosos fatores ambientais também o condicionam.
Fonte: site saúde em movimento
Esse espaço foi criado com o objetivo de orientar pacientes que necessitam de informações sobre o tratamento do ronco e apnéia do sono com aparelhos orais.
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